SÃO PAULO (Reuters) - A exportação de soja do Brasil em fevereiro foi estimada em 7,73 milhões de toneladas, versus uma estimativa de até 8,3 milhões apontados na semana anterior, na esteira de uma colheita mais lenta da safra 2022/23 e chuvas que afetam embarques, mostraram dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) nesta terça-feira.
A nova previsão, porém, ficou um pouco acima do embarque mínimo projetado pela entidade na semana passada, de 7,6 milhões de toneladas.
A projeção de embarques de milho, por sua vez, ficou praticamente estável com 1,95 milhão de toneladas, contra 1,99 milhão no último levantamento.
Se confirmadas as expectativas, baseadas na programação de navios para embarque, haverá uma queda ante a exportação de 9,11 milhões de toneladas de soja de fevereiro de 2022, e um grande avanço no milho, já que os embarques do cereal no mesmo mês do ano passado somaram apenas 523,3 mil toneladas.
A colheita de milho verão também segue lenta, mas o país conta com disponibilidade de estoques após uma safra cheia no ano passado e firme demanda externa, principalmente após a abertura da China para o cereal brasileiro.
A exportação de farelo soja do Brasil foi estimada em 1,28 milhão de toneladas, versus 1,54 milhão da estimativa da semana anterior. Se confirmado, o embarque do país teria uma queda ante fevereiro de 2022, quando o volume exportado chegou a 1,57 milhão.
A Anec ainda estimou as vendas externas de trigo em até 548,8 mil toneladas, contra 670,4 mil na última previsão.
No cenário mais pessimista, a entidade considera a possibilidade de 400 mil toneladas para embarque do cereal, o que seria um recuo ainda maior ante os 925,26 mil de fevereiro de 2022.
(Reportagem de Nayara Figueiredo)