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Aneel abre consulta para aprimorar regras de segurança do mercado livre de energia

Publicado 05.04.2022, 12:30
Atualizado 05.04.2022, 12:37
© Reuters. Linhas de transmissão de energia em Diadema (SP) 
10/02/2015
REUTERS/Paulo Whitaker

SÃO PAULO (Reuters) - A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou nesta terça-feira a abertura de consultas públicas sobre novas regras de segurança das transações de compra e venda de energia, após o mercado livre ter enfrentado episódios pontuais de inadimplência nos últimos anos.

O regulador propôs a criação de métricas para análise de nível de alavancagem dos agentes e para identificação de condutas consideradas anômalas, além de incentivos para registro antecipado de contratos de gaveta na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Em paralelo, também estuda-se a criação de uma estrutura de garantias financeiras para a liquidação financeira no mercado de curto prazo, com o objetivo de mitigar eventuais perdas por inadimplência.

As propostas, colocadas em debate por 45 dias, baseiam-se em notas técnicas entregues pela CCEE em 2020, meses depois de o setor ter assistido à quebra de comercializadoras de energia que venderam energia mas não tinham lastro para honrar com seus contratos.

Embora esse e outros casos semelhantes que surgiram desde então não tenham contaminado as liquidações na CCEE, eles acenderam um alerta no setor.

Hoje, a CCEE e o próprio mercado --geradores, comercializadores e consumidores-- têm pouca visibilidade sobre os contratos de energia negociados diariamente e sobre o nível de alavancagem dos agentes. Por isso, temem um efeito "em cascata" caso a inadimplência no mercado bilateral alcance valores muito expressivos.

Segundo apresentação da Aneel realizada nesta terça-feira, em 2019, quando surgiram casos de insolvência de comercializadoras, a CCEE cancelou contratos equivalentes a 70 milhões de reais por falta de aporte de garantias financeiras, um salto em relação aos 10 milhões de reais cancelados em 2018.

A Aneel acredita, porém, que a inadimplência no mercado bilateral teria bem sido maior naquele ano, já que muitos contratos acabam não sendo registrados na CCEE quando não há pagamento pela contraparte.

© Reuters. Linhas de transmissão de energia em Diadema (SP) 
10/02/2015
REUTERS/Paulo Whitaker

"Parece que são números insignificantes perante o setor elétrico, mas sabemos que o grande problema está no mercado bilateral, em que pese tenhamos uma regulamentação e no sentido de registro dos contratos", disse o relator dos processos, diretor Efrain Pereira da Cruz.

Cruz afirmou ainda que o setor precisa iniciar uma discussão sobre a segurança do mercado livre, à medida que o governo e Congresso avançam com a agenda de abertura desse ambiente a mais consumidores.

 

(Por Letícia Fucuchima)

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