(Reuters) - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um reajuste tarifário médio de 14,89 por cento para a distribuidora de eletricidade Amazonas Energia, controlada pela estatal Eletrobras (SA:ELET3), em decisão tomada durante reunião de diretoria da reguladora nesta terça-feira.
As novas tarifas da distribuidora amazonense entram em vigor a partir de 1° de novembro. O impacto para os clientes residenciais será uma alta de 16,76 por cento, enquanto clientes atendidos em alta tensão, como indústrias, devem ter elevação média de 11,78 por cento.
A agência disse que o reajuste foi impactado por maiores gastos da elétrica com a compra de energia e pelo chamado risco hidrológico --custos associados à menor produção das usinas hidrelétricas devido a questões como o baixo nível dos reservatórios, que levam ao acionamento de térmicas, mais caras.
O reajuste também foi influenciado, segundo a Aneel, por uma decisão judicial que impede a cobrança no Amazonas das chamadas bandeiras tarifárias, que elevam as contas em momentos de escassez de geração para lidar com os maiores custos enfrentados pelas distribuidoras --com a compra de energia térmica, por exemplo.
A agência disse que as bandeiras teriam gerado uma arrecadação extra de quase 100 milhões de reais à distribuidora, reduzindo o nível do reajuste aprovado.
(Por Luciano Costa, em São Paulo)