Viena, 1 jun (EFE).- O ministro de Petróleo da Arábia Saudita, Ali bin Ibrahim al Naimi, se mostrou satisfeito nesta segunda-feira em Viena com a evolução do mercado mundial de petróleo desde que a Opep decidiu em novembro de 2014 defender sua presença no mercado por meio dos preços baixos.
"A resposta é sim", disse Naimi ao ser perguntado pela imprensa se vê resultados positivos na controvertida estratégia defendida por Riad no seio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), de não reduzir sua produção conjunta para escorar a queda dos preços, a fim de salvar a participação do grupo no mercado mundial.
Essa estratégia, que foi resultado da conferência anterior do grupo, em novembro do ano passado em Viena, acentuou a já pronunciada queda dos "petropreços" iniciada em junho de 2014 devido a um excesso da oferta de petróleo frente a uma debilitada demanda mundial.
A cotação do barril de petróleo da Opep caiu de mais de US$ 110 em junho de 2014 até US$ 41,50 em meados de janeiro deste ano, mas a partir daí recuperou parte do terreno perdido e se situa agora em mais de US$ 60.
"A demanda está despontando, a provisão está caindo. O mercado está se estabilizando", comentou Naimi após chegar à capital austríaca, onde participará na próxima sexta-feira da primeira conferência ministerial que a Opep realiza este ano.
Naimi confirmou ainda que seu país mantém atualmente uma capacidade ociosa, ou seja, a de poder aumentar relativamente rápido sua produção, de entre 1,5 e 2 milhões de barris diários (mbd).
Quanto à eventualidade de que a Opep decida na sexta-feira manter sem mudanças sua cota atual de produção conjunta de petróleo, de 30 mbd, vigente desde dezembro de 2011, o saudita disse não poder antecipar uma posição.
"Quando os 12 ministros estejamos juntos, vamos decidir o que fazer", declarou.
Assim como Naimi, seu colega equatoriano, Pedro Merizalde Pavón, evitou prever o resultado da reunião desta semana.
"A ideia é que mantenhamos uma produção capaz de beneficiar tanto os produtores como os consumidores, esse é o equilíbrio que deveríamos alcançar", opinou o ministro do Equador.
Os mercados petroleiros seguem esta semana com atenção as declarações dos ministros da Opep em Viena, a fim de prever o volume de barris que os produtores fornecerão ao mercado no segundo semestre do ano.