Por Paul Carsten e Katya Golubkova
ABUJA/MOSCOU (Reuters) - A Arábia Saudita não cortará a produção de petróleo sozinha para estabilizar o mercado, disse o ministro da Energia saudita, Khalid al-Falih, nesta quarta-feira, depois de Nigéria e Rússia terem dito que é muito cedo para sinalizar se adotariam a redução de produção.
A Opep e seus aliados, liderados pela Rússia, se encontram em Viena na semana que vem, em meio a receios sobre a desaceleração da economia global e o aumento da oferta de óleo dos Estados Unidos, que não fazem parte do atual acordo de cortes.
O panorama econômico negativo ajudou a pressionar os preços do petróleo para menos de 60 dólares o barril nesta semana, após uma máxima de 85 dólares no começo de outubro, levando a Arábia Saudita, o maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a sugerir uma redução significativa na produção.
Entretanto, Riad está novamente sendo pressionada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que pediu que o reino não adotasse cortes para que, assim, os preços caiam ainda mais.
Possivelmente complicando qualquer decisão sobre a produção de óleo, há a crise em torno do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul no mês passado. Trump apoiou o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, apesar de muitos políticos norte-americanos terem defendido a imposição de duras sanções sobre a Arábia Saudita.
(Por Paul Carsten)