FRANKFURT (Reuters) - Se a Grécia deixar a zona do euro isso não terá o mesmo impacto sobre a zona do euro que teria tido há dois anos, disse o membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE) Ewald Nowotny nesta segunda-feira, pedindo que o governo grego forneça "números" para que ajuda possa ser dada ao país.
"Não se deve superestimar a história toda", disse Nowotny à emissora CNBC. Ele disse que não espera um acordo quando os ministros da zona do euro se reunirem nesta semana.
"Isso (uma saída da Grécia) não tem o impacto ou impacto potencial na zona do euro que teria tido ... cerca de dois anos atrás. Realmente não vejo um contágio no sentido econômico e financeiro", afirmou. Ele acrescentou, no entanto, que ele não pode prever o "efeito psicológico".
O presidente do banco central da Áustria pediu que o governo em Atenas forneça "números". "O tempo está acabando", disse ele.
Questionado se o enfraquecimento do euro até a paridade com o dólar não seria indesejável, Nowotny reiterou que o BCE não tem um alvo para a taxa de câmbio como parte de sua política monetária.
"Historicamente, já tivemos uma situação na qual tínhamos paridade. Portanto, não seria algo nunca antes visto, mas é muito difícil fazer projeções", disse ele.
"Não faz parte de nossas metas. Observaríamos isso, (mas) não teríamos qualquer reação grande e direta a isso. Isso é movido pelo mercado, então vamos ver como os mercados reagem."
(Por John O'Donnell)