BEIRUTE (Reuters) - Integrantes da oposição política síria no exílio fizeram um apelo nesta segunda-feira a todos os países árabes para que cortem os laços diplomáticos com o Irã, seguindo os mesmos passos da Arábia Saudita.
A Arábia Saudita passou a recrutar aliados sunitas para o seu lado, em meio a uma crescente tensão diplomática com o Irã, que agravou ainda mais a divisão sectária no Oriente Médio depois da execução de um clérigo xiita.
A Coalizão Nacional Síria, baseada na Turquia, declarou seu apoio à decisão de Riyadh e exortou "todos os países árabes e islâmicos a tomar medida similar" e criticou o que disse ser o apoio do Irã a militantes na Síria e Iraque. O oposição síria recebe importante apoio da Arábia Saudita.
O Irã apoia o presidente sírio, Bashar al-Assad, cujas forças, apoiadas também pela Rússia, estão combatendo uma série de grupos insurgentes, incluindo rebeldes apoiados pela Arábia Saudita e outros países na região.
A tensão entre sunitas e xiitas na região se disseminou no sábado quando manifestantes iranianos atacaram a embaixada saudita em Teerã depois de a Arábia Saudita ter executado um proeminente clérigo xiita.
(Reportagem de John Davison)