ERBIL, Iraque (Reuters) - Uma esperada campanha para recapturar a cidade de Mosul, ao norte do Iraque, do Estado Islâmico não deve acontecer este ano, disse o vice-primeiro ministro da região do Curdistão, afundando as esperanças de que os militantes poderiam ser expulsos do país em 2016.
Apesar das vitórias recentes no campo de batalha, Qubad Talabani disse duvidar que as forças armadas do país estariam prontas para uma operação para expulsar os insurgentes sunitas antes de 2017.
"Eu não acho que a ofensiva de Mosul possa acontecer este ano", disse Talabani à Reuters em entrevista na quinta-feira. "Não acho que as forças armadas iraquianas estejam prontas e não acho que a coalizão (liderada pelos Estados Unidos) esteja confiante na capacidade de todos estarem prontos a tempo de uma ofensiva este ano."
A coalizão tem trabalhado para treinar e reconstruir as forças de segurança iraquianas, que entraram parcialmente em colapso quando os militantes do Estado Islâmico tomaram Mosul e grandes áreas do norte em junho de 2014.
O Iraque tem contado fortemente com os grupos paramilitares xiitas e com as forças curdas peshmerga para mandar os militantes de volta, mas seu envolvimento na campanha de Mosul pode inflamar as tensões sectárias e étnicas com a população predominantemente árabe sunita da cidade.
Autoridades curdas disseram que a peshmerga, que surgiu como importante aliado da coalizão contra o Estado Islâmico, irá apoiar uma ofensiva para recapturar Mosul quando ela acontecer, mas o exército iraquiano deve tomar a dianteira.
(Reportagem de Isabel Coles)