SEUL (Reuters) - Um coreano-americano detido na Coreia do Norte confessou ter roubado segredos militares e conspirado com sul-coreanos, divulgaram nesta sexta-feira a agência de notícias oficial da Coreia do Norte e veículos da imprensa estrangeira.
A Coreia do Norte, que tem sido criticada por seu histórico em direitos humanos, utilizou no passado norte-americanos detidos para forçar visitas de alto nível dos Estados Unidos, país com o qual não tem relações diplomáticas formais.
Kim Dong Chul, que disse anteriormente ser um cidadão norte-americano naturalizado e que foi preso na Coreia do Norte em outubro, admitiu ter cometido "imperdoável espionagem" sob a direção dos governos dos EUA e da Coreia do Sul, e pediu desculpas por seus crimes, noticiou a agência norte-coreana KCNA.
"O extraordinário crime que eu cometi foi difamar e insultar a mais alta dignidade da república e seu sistema, espalhando falsa propaganda destinada a quebrar sua solidariedade", disse a KCNA, citando Kim.
Uma fonte na capital norte-coreana Pyongyang disse à Reuters que diplomatas foram notificados nesta manhã sobre a confissão e que os comentários de Kim foram semelhantes aos de outro norte-americano detido, Otto Warmbier.
Warmbier foi condenado a 15 anos de trabalho forçado neste mês por tentativa de roubo de um poster de propaganda. A Coreia do Norte também deteve um coreano-canadense que é pastor cristão. Ele está cumprindo uma sentença de prisão perpétua por subversão.
(Por Jack Kim e James Pearson (LON:PSON))