Por Ellen Francis
HOMS, Síria/BEIRUTE (Reuters) - Rebeldes e familiares começaram a deixar neste sábado seu último bastião na cidade síria de Homs, graças a um acordo apoiado pelo governo russo, informaram a mídia estatal e uma testemunha à Reuters.
O acordo sublinha a vantagem do presidente sírio, Bashar al-Assad, na guerra, à medida que mais rebeldes deixam as áreas que defendiam há anos por meio de acordos de retiradas para outras partes do país.
Vários ônibus saíram do distrito al-Waer, em Homs, anteriormente um dos primeiros centros do levante popular contra Assad.
Segundo o acordo, entre 10.000 e 15.000 rebeldes e civis devem se retirar nas próximas semanas, de acordo com ativistas da oposição em al-Waer e um monitor de guerra.
O governador de Homs, Talal Barazi, disse à Reuters que espera que 1.500 pessoas, incluindo pelo menos 400 combatentes, partam neste sábado rumo a áreas rebeldes ao nordeste de Aleppo, e que a maioria dos moradores de al-Waer permanecerá.
"Os preparativos e a realidade no local indicam que as coisas correrão bem", disse Barazi.
O governo sírio descreveu tais acordos como um "modelo viável" que aproxima o país da paz após seis anos de conflito. A oposição, no entanto, os define como uma tática de deslocamento forçado de pessoas que se opõem a Assad após anos de bombardeio e cerco.
Juntamente com o Crescente Vermelho Árabe Sírio, as forças russas e sírias supervisionam a retirada, que deve durar cerca de seis semanas, de acordo com Barazi.