WASHINGTON (Reuters) - Parlamentares norte-americanos de ambos os partidos disseram no domingo que não viram provas que apoiem a alegação do presidente republicano, Donald Trump, de que seu antecessor, Barack Obama, o havia gravado no ano passado, acrescentando pressão sobre Trump para que explique ou retire sua repetida afirmação.
Vários republicanos exigiram na semana passada que Trump se desculpe pelas alegações que fez em uma série de tuítes em 4 de março. O redemoinho causado pela tensão com importantes aliados dos EUA ameaça distrair os republicanos das promessas de campanha sobre saúde e impostos.
"Eu não conheço a base para a afirmação do presidente Trump", disse a senadora norte-americana Susan Colins, uma republicana ao programa "Meet the Press", da NBC. "Eu acredito que ele nos deve uma explicação".
Collins disse que apoiava Trump como presidente, mas que não estaria ao seu lado se ele "relatasse os fatos equivocadamente".
O diretor do FBI, James Comey deve ser questionado sobre as queixas de Trump quando testemunhar em uma rara audiência pública na segunda-feira, sobre a alegação de que a Rússia se intrometeu na eleição presidencial de 2016. A Rússia negou a afirmação.
O deputado Adam Schiff, o principal democrata no Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados que estará na audição, chamou as alegações de Trump de "manifestamente falsas" e espera que Comey diga o mesmo na segunda-feira.