Teerã, 10 jan (EFE).- Pelo menos 77 pessoas morreram na queda na noite deste domingo de um avião da companhia nacional iraniana IranAir no noroeste do país, aparentemente por causa do temporal de neve e vento que castiga a região, confirmou nesta segunda-feira a rádio oficial.
Segundo a fonte, no acidente sobreviveram 30 passageiros, que foram levados para hospitais, alguns com ferimentos extremamente graves, por isso que não se descarta que o número de vítimas fatais possa aumentar.
A princípio, a agência semioficial de notícias local "Fars" tinha assegurado que no aparelho, um Boeing 727, viajavam 105 pessoas e que pelo menos meia centena delas tinham conseguido salvar a vida.
No entanto, 12 horas depois do acidente o número de passageiros ainda não está claro e oscila entre 104 e 106, segundo os diferentes meios oficiais iranianos.
Entre as pessoas a bordo havia 12 membros da tripulação, dois bebês e uma criança, cujo destino não foi revelado.
Com o amanhecer, e apesar de a tempestade não ter cessado, os serviços de resgate retomaram seus trabalhos.
O acidente aconteceu por volta das 19h45 (horário local, 14h15 de Brasília) do domingo perto do lago Urumiyeh, próximo à fronteira com a Turquia, quando o aparelho se dispunha a aterrissar entre o nevoeiro, explicou o presidente do Centro Estatal de Emergências do Irã, Gholam Reza Masumi.
O responsável corrigiu, também, o número de 156 passageiros anunciado em um primeiro momento pela televisão estatal.
O avião tinha partido de tarde do aeroporto nacional de Mehrabad, no sul de Teerã, com mais de uma hora de atraso devido aos problemas de visibilidade e frio na rota reportados pela torre de controle de Urumiyeh.
Os acidentes aéreos são relativamente frequentes no Irã, devido sobretudo à precariedade de sua frota aérea, antiquada e submetida, como o resto do país, a um embargo internacional que o impede de comprar peças de reposição originais.
Segundo números oficiais, cerca de mil pessoas perderam a vida em diferentes acidentes aéreos, civis e militares, no Irã durante a última década. EFE