Nova York, 17 out (EFE).- Um homem foi detido nesta quarta-feira após tentar atacar com uma suposta bomba o edifício do Federal Reserve (Fed, banco central americano) em Nova York, segundo informaram as autoridades federais dos Estados Unidos.
A detenção aconteceu na manhã de hoje e a segurança dos cidadãos "nunca esteve em perigo", afirmou à Agência Efe um porta-voz do FBI.
O detido estacionou perto do edifício, situado no sul de Manhattan, uma caminhonete carregada com o que acreditava serem explosivos fornecidos por um cúmplice; que na realidade era um agente disfarçado do FBI que lhe forneceu bombas falsas, segundo detalhou um comunicado da Procuradoria Federal do Distrito Leste de Nova York.
Após estacionar a caminhonete, o suspeito se dirigiu a um hotel próximo de onde tentou detonar os explosivos com um telefone celular, momento no qual foi detido.
O detido foi identificado como Quazi Mohammad Rezwanul Ahsan Nafis, procedente de Bangladesh e de 21 anos de idade.
Nafis tinha gerado o interesse das autoridades americanas por suas posturas na internet a favor da Jihad e por assegurar que tinha contatos com a rede terrorista Al Qaeda fora dos EUA.
O detido, que viajou para este país em janeiro deste ano e se instalou no bairro nova-iorquino de Queens, também tentou conectar-se com simpatizantes da Al Qaeda dentro dos EUA, um mecanismo pelo qual acabou topando com o agente disfarçado.
Durante a série de contatos prévios, Nafis propôs vários possíveis alvos de atentados, incluindo um famoso executivo da Bolsa de Nova York.
Finalmente se decidiu por atacar a sede que o Federal Reserve tem no distrito financeiro da cidade.
Em declaração escrita que tinha preparada para depois do atentado, Nafis proclamava que queria "destruir Estados Unidos" e que para isso a melhor forma era atacar sua economia.
A declaração também fala do "amado Osama bin Laden" como justificativa para a morte de mulheres e crianças no atentado frustrado.
Além disso, Nafis gravou uma declaração em vídeo assumindo a autoria do atentado.
"O acusado veio a este país para cometer um atentado terrorista em solo americano e trabalhou com determinação para realizar seu plano", resumiu a procuradora federal Loretta Lynch no comunicado. EFE