(Reuters) - A Xerox anunciou nesta segunda-feira que vai começar a comprar produtos de novos fornecedores para reduzir sua dependência da Fujifilm e pode não renovar seu contrato de tecnologia com a joint venture Fuji Xerox, de 56 anos.
A Fujifilm processou a Xerox em mais de 1 bilhão de dólares na semana passada, acusando a marca de impressoras e copiadoras de ceder à pressão dos investidores Carl Icahn e Darwin Deason para cancelar um plano de fusão firmado em janeiro.
"As ações da Fujifilm nos forçaram a avançar em várias frentes para proteger nossa cadeia de suprimentos", disse a Xerox em comunicado.
A Fuji Xerox, detida em 75 por cento pela Fujifilm do Japão e os demais 25 por cento pela Xerox, lida com contratos que fornecem aos clientes globais serviços da Xerox nos Estados Unidos e na Europa, bem como serviços da Fuji Xerox na Ásia. Além disso, a Xerox não monta mais suas próprias copiadoras de escritório, preferindo confiar principalmente na Fuji Xerox.
A joint venture existe em diversas formas desde 1962 e a atual estrutura data de 2001. Os termos da cobertura regional expiram em março de 2021.
"Detalharemos para nossos acionistas a enorme oportunidade da Xerox vender produtos diretamente para o crescente mercado da Ásia Pacífico, com o único e exclusivo uso do valioso nome Xerox, e uma cadeia de suprimentos mais eficiente e melhor gerenciada do que existe hoje na Fuji Xerox, disse a Xerox.
A Xerox afirmou em fevereiro que afastar-se da joint venture exigiria a reconstrução completa de sua cadeia de suprimentos, o que seria extremamente caro e levaria anos para acontecer.
A Fujifilm não pôde ser imediatamente contatada para comentar.
Shigetaka Komori, presidente-executiva da Fujifilm, disse no início do mês que a Xerox depende da Fuji Xerox para produzir quase todas as copiadoras da empresa nos EUA e, ao contrário da Xerox, a empresa pode crescer por conta própria.
(Por Supantha Mukherjee)