Por Lusha Zhang e Elias Glenn
PEQUIM (Reuters) - A inflação ao produtor na China acelerou para uma máxima de seis meses em junho, impulsionada pelos fortes preços das commodities e ameaçando colocar mais pressão sobre os exportadores do país em meio à intensificação da guerra comercial entre Washington e Pequim.
A inflação anual ao consumidor também avançou diante da aceleração dos preços dos alimentos, mostraram dados oficiais nesta terça-feira. Mas as pressões dos preços no varejo permanecem modestas, permitindo que o banco central continue mais focado em maneiras de sustentar a economia.
Os Estados Unidos e a China adotaram tarifas sobre 34 bilhões de dólares em bens um do outro na semana passada, alimentando temores de uma batalha prolongada que afetará o investimento e crescimento globais, prejudicará as exportações agrícolas dos EUA e potencialmente elevará os preços de alimentos na China.
O índice de preços ao produtor, medida de rentabilidade industrial, avançou 4,7 por cento em junho sobre o ano anterior, contra expectativa de 4,5 por cento e taxa de 4,1 por cento em maio, informou a Agência Nacional de Estatísticas.
Com isso a inflação ao produtor na China chega a três meses seguidos de aceleração após mostrar alívio no final de 2017.
Já o índice de preços ao consumidor avançou 1,9 por cento em junho sobre o ano anterior, em linha com as expectativas e mostrando ligeiro avanço sobre a taxa de 1,8 por cento registrada em maio.
O núcleo dos preços ao consumidor, que elimina os preços voláteis de alimentos e energia, permaneceu em 1,9 por cento em junho.