NOVA YORK (Reuters) - Aparentando não estar arrependido, Suleiman Abu Ghaith, um genro de Osama bin Laden, foi sentenciado à prisão perpétua nesta terça-feira em Nova York depois de ser condenado por acusações de terrorismo.
Em março, um júri federal de Manhattan considerou o kuweitiano de 48 anos culpado de conspirar para matar norte-americanos, conspirar para oferecer apoio material a terroristas e providenciar tal apoio, depois de um julgamento que ofereceu um vislumbre raro de Bin Laden nas horas que se seguiram aos atentados de 11 de setembro de 2001.
O juiz distrital Lewis Kaplan impôs a sentença minutos depois de Abu Ghaith fazer uma declaração em árabe, citando o Corão e afirmando que não pediria clemência de ninguém além de Deus.
"Hoje, ao mesmo tempo em que vocês algemam minhas mãos e pretendem me enterrar vivo, estão ao mesmo tempo libertando as mãos de centenas de jovens muçulmanos", disse o ex-imã por meio de um intérprete. "E eles irão se unir à multidão de homens livres".
Os promotores apresentaram Abu Ghaith como um porta-voz carismático da Al Qaeda nos dias seguintes aos atentados, dizendo que ele gravou vídeos incendiários usados para recrutar novos membros.
(Por Joseph Ax)