FREETOWN (Reuters) - A missão da Organização das Nações Unidas de resposta ao surto de Ebola enviará cinco helicópteros, veículos e motos para transportar pacientes e alcançar comunidades na África Ocidental como parte do reforço do combate à epidemia, disse o chefe da missão nesta sexta-feira.
Os governos de Guiné, Serra Leoa e Libéria estão enfrentando dificuldades para conter o pior surto da história da febre hemorrágica mortal.
O surto colapsou os já frágeis sistemas de saúde dos países onde os pacientes com Ebola estão morrendo nas ruas e ambulâncias, equipes médicas, leitos hospitalares e kits básicos de saúde são escassos.
A Organização Mundial da Saúde atualizou nesta sexta-feira o número de vítimas fatais para pelo menos 3.439, de 7.492 casos suspeitos, prováveis e confirmados. A epidemia atingiu principalmente Libéria, Serra Leoa e Guiné.
"Temos que [agir] o mais rápido que pudermos, porque quanto mais demora, mais pessoas morrem e isso é inaceitável", disse Antony Banbury, um diplomata norte-americano de 50 anos que lidera a Missão da ONU de Resposta de Emergência ao Ebola (UNMEER).
"Ninguém deve ter a ilusão de que será fácil (conter o surto)", Banbury disse a jornalistas em Freetown, capital de Serra Leoa, depois de se reunir com autoridades do país. "Milhares de pessoas morreram e mais vão morrer amanhã."
Banbury disse que a UNMEER focará na logística. A missão levará cinco helicópteros, veículos e motos na próxima semana para dar aos agentes de mobilização um melhor transporte para rastrear focos potenciais do Ebola a fim de conter a propagação.
A OMS declarou a epidemia uma emergência de saúde pública internacional, e governos dos Estados Unidos à China, Cuba e Grã-Bretanha enviaram tropas e médicos para ajudar a conter a doença.
(Reportagem de Umaru Fofana)