BANGCOC (Thomson Reuters Foundation) - Apenas nove países atingiram a meta da ONU de redução do número de morte de mulheres antes, durante ou após dar à luz em 75 por cento desde 1990, disseram a Organização das Nações Unidas e o Banco Mundial nesta quinta-feira.
Em todo o mundo, a mortalidade materna caiu em 43 por cento no período de 25 anos, graças ao acesso a serviços de saúde de melhor qualidade durante a gravidez e o nascimento, e a serviços de saúde sexual e reprodutiva, além de planejamento familiar, disseram as organizações em relatório.
"Nos últimos 25 anos, o risco de uma mulher morrer por causas relacionadas à gravidez chegou quase à metade", disse Flavia Bustreo, diretora-geral assistente para a Saúde das Crianças, Mulheres e da Família, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Estados-membros da ONU prometeram em 2000 reduzir a mortalidade materna, definida pela morte da mulher durante a gravidez, o nascimento do bebê ou dentro de 6 semanas após o nascimento, em três quartos até 2015 como parte dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Maldivas, Butão, Camboja, Cabo Verde, Timor Leste, Irã, Laos, Mongolia e Ruanda reduziram a mortalidade materna entre 78 e 90 por cento, segundo o relatório.
Globalmente, o número de mortes maternas caiu 43 por cento para um número estimado de 303 mil este ano, ante cerca de 532 mil em 1990, ou para 216 mortes por 100 mil nascimentos ante 385 para 100 mil em 1990, de acordo com o relatório.
A Ásia Oriental viu a maior queda, para 27 mortes por 100 mil nascimentos em 1990.
Novas metas adotadas pelos líderes mundiais em setembro -os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável- incluem reduzir as mortes maternas para menos de 70 por 100 mil nascimentos.
(Reportagem de Redação Bangcoc)