Investing.com - Os preços do petróleo apresentaram queda nesta segunda, com indicações de maior atividade de extração nos EUA compensando os sinais de que os membros da Opep pretendem cumprir com o acordo de corte de produção.
Na Bolsa de Valores de Nova Iorque, o petróleo bruto futuro para entrega em fevereiro caiu US$ 0,44, ou 0,8%, cotado a US$ 53,56 o barril, às 7h05, no horário de Brasília, após avançar US$ 0,23, ou aproximadamente 0,4%, na sexta-feira.
Os preços do petróleo bruto chegaram a tocar a máxima de 18 meses de US$ 55,24 na última terça-feira.
No Reino Unido, o barril de Brent para entrega em março na ICE Futures Exchange, de Londres, recuou US$ 0,45, ou 0,8%, operando a US$ 56,65 o barril. Os preços do petróleo Brent negociado em Londres avançaram US$ 0,21, ou 0,4%, na sessão anterior.
Os preços do Brent avançaram para US$ 58,37 na última terça, um nível inédito desde julho de 2015.
O petróleo apresentou avanço na última semana, em meio a sinais de que os maiores produtores, como a Arábia Saudita e o Kuwait, estão cumprindo com o acordo de corte de produção.
O dia 1º de janeiro marca oficialmente o início do acordo de corte de produção firmado em novembro por países membros e não membros da Opep, buscando reduzir a produção em 1,8 milhão de barris por dia.
O acordo, se executado conforme o plano, deve reduzir a oferta global em cerca de 2%.
Contudo, alguns investidores ainda adotam cautela quanto à expectativa geral do mercado para com a eficácia dos cortes planejados.
O mercado ainda tem receios em virtude da aceleração da produção na Líbia e na Nigéria, países que têm permissão para produzir mais, nos termos do acordo da Opep.
Enquanto isso, as atenções ainda se voltam para os indícios de aumento na atividade das perfuradoras dos EUA. De acordo com a Baker Hughes, provedora de serviços para a área do petróleo, o número de plataformas de petróleo ativas nos EUA na semana passada subiu para 529, apresentando aumento de 4, a décima elevação semanal seguida, atingindo nível inédito em mais de um ano.
Alguns analistas reiteraram que o recente rali nos preços pode "sair pela culatra", já que incentiva os produtores de xisto dos EUA a elevar a produção, gerando novamente preocupações com um excesso de oferta.
Na Nymex, os contratos futuros da gasolina para fevereiro recuaram US$ 0,003, ou 0,25%, cotados a US$ 1,622 por galão, enquanto que o óleo de aquecimento para o mesmo mês recuou US$ 0,011, ou 0,65%, sendo negociado a US$ 1,692 por galão.
O gás natural futuro com vencimento em fevereiro recuou US$ 0,043, ou 1,3%, cotado a US$ 3,242 por milhão de unidade termal britânica.
Os preços do combustível de aquecimento recuaram US$ 0,439, ou 11,8%, na semana passada, devido a previsões de que o clima em janeiro não será tão frio quanto o inicialmente indicado.
Na próxima semana, os participantes do mercado analisarão as novas informações semanais sobre os estoques de petróleo refinado e bruto nos EUA na terça e na quarta-feira, para medir a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo.
Os investidores continuarão muito atentos aos comentários dos produtores do mundo para mais evidências de que os produtores respeitarão os acordos de corte neste ano.