A Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Gás Natural e Biocombustíveis (Brasilcom) se manifestou nesta quarta-feira, 23, a favor da decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de incluir novas rotas tecnológicas para a produção de biodiesel no País.
Segundo a entidade, um de seus fundamentos é estimular o aumento da competitividade e a consequente redução de custos para os consumidores finais, o que pode ser obtido com a medida.
"Incluir o diesel verde (HVO) e a parcela renovável do diesel de coprocessamento para compor a mistura obrigatória de biocombustíveis ao óleo diesel fóssil permite o maior aproveitamento de matérias-primas, traz otimização logística ao mercado e viabiliza a competição entre diferentes produtos, com claras vantagens em relação a custos, à qualidade e à oferta aos consumidores", disse em nota.
A Brasilcom afirmou que também concorda com a decisão de manter o teor de mistura obrigatória de 10% até março de 2023, o que permite que os agentes tenham previsibilidade, "e evita enormes problemas que adviriam da imediata elevação do mandato para 15%, já em janeiro de 2023", afirmou.
"Enquanto perdurar o período em que a ANP está revisando as especificações do biodiesel proveniente da rota de transesterificação, consideramos temerária qualquer alteração no porcentual do mandato de mistura sem que seja garantida a viabilidade técnica e adequação à evolução tecnológica dos motores" explicou a entidade, referindo-se à regulação que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) terá que fazer para incluir outras rotas tecnológicas na mistura ao diesel.
A Brasilcom destacou ainda que a mudança anunciada esta semana pelo CNPE - da inclusão do HVO no mandato do biodiesel e da manutenção do teor da mistura de 10% até março de 2023 - "manterá o Brasil como um dos líderes no uso de biocombustíveis modernos e na vanguarda do combate ao aumento dos gases de efeito estufa em nosso planeta", afirmou, ressaltando que aguarda a publicação da decisão do CNPE.