Por Ghaida Ghantous
DOHA (Reuters) - O principal diplomata da União Europeia, Josep Borrell, disse neste sábado que o Irã e potências mundiais estão “muito próximas” de um pacto para ressuscitar o acordo nuclear de 2015, que limitaria o programa nuclear de Teerã em troca de alívio em duras sanções .
O então presidente norte-americano, Donald Trump, abandonou o pacto em 2018, levando Teerã a começar a violar as restrições nucleares cerca de um ano depois, e 11 meses de conversas intermitentes para revivê-lo foram pausadas em Viena no começo deste mês, após a Rússia apresentar um novo obstáculo.
A Rússia posteriormente disse que havia recebido garantias por escrito de que conseguiria realizar seu trabalho como parte do acordo, sugerindo que Moscou permitiria que ele fosse ressuscitado.
“Agora estamos muito próximos de um acordo e espero que seja possível”, disse Borrell, da União Europeia, em um discurso ao Fórum de Doha.
Tentativas não sucedidas de restaurar o pacto podem representar o risco de uma guerra regional ou levar a sanções mais duras do Ocidente contra o Irã e continuar a colocar pressão no preço do petróleo que já está alto por causa do conflito na Ucrânia, dizem analistas.
Enrique Mora, coordenador da UE para negociações nucleares, disse na sexta-feira que ele viajaria para Teerã no sábado para se reunir com o principal negociador do Irã.
Há muitas questões difíceis pendentes. O Irã quer a retirada da designação dos EUA de organização terrorista estrangeira para a sua Guarda Islâmica Revolucionária.
(Reportagem de Andrew Mills, Ghaida Ghantous e redação de Dubai)