BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o Brasil vai comprar arroz preferencialmente do Paraguai para abastecer os estoques, após as enchentes que atingiram boa parte do Rio Grande do Sul, principal Estado produtor do grão no país.
Segundo o ministro, também serão considerados outros países do Mercosul, dada as facilidades logísticas e tarifárias.
De acordo com Fávaro, o governo está na fase final da edição de uma medida provisória que autoriza a estatal Conab a adquirir o grão. O plano, anunciado na véspera, poderia permitir importações da 1 milhão de toneladas pela companhia do governo.
"O Brasil tende -- a determinação do presidente Lula é manter esse controle, não deixar o desabastecimento acontecer --, e por isso a tendência natural da compra desse arroz é do Mercosul", disse Fávaro à GloboNews.
"Não tem questão tarifária, logística mais eficiente, mais barata, prioritariamente do Paraguai, mas pode ser da Argentina e do Uruguai também, mas daí por cabotagem", acrescentou.
Compras dentro do Mercosul não pagam a Tarifa Externa Comum.
O ministro disse ainda que atacadistas podem comprar o arroz de outras regiões do mundo, como a Tailândia, mas a distância e a complexidade logística deve impactar no preço.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)