Investing.com - O petróleo reverteu o movimento de queda nesta quarta-feira (6/7) e fechou o dia em alta nos EUA, com ganhos na casa de 1,8%. A commodity é vendida a US$ 47,70 no país, enquanto o Brent é negociado a US$ 48,80, em Londres.
Durante o pregão, o pessimismo com a aversão global ao risco pesou sobre a commodity que chegou aos US$ 45,94 pela manhã. Com a abertura dos mercados embalada por bons dados da economia dos EUA, o petróleo inverteu a tendência.
A expectativa dos analistas é que haja uma redução de 2,25 milhões de barris nos estoques de petróleo dos Estados Unidos, o que seria a sétima semana consecutiva de baixa.
A tendência deverá se fortalecer na próxima semana quando será contabilizado o maior consumo de combustíveis com o feriado de 4 de julho. Nas épocas festivas, a demanda por gasolina aumenta, reduzindo os estoques de combustíveis e a eleva as compras de petróleo pelas refinarias.
Nos fundamentos, a cotação do petróleo enfrenta riscos de uma persistência na sobreoferta com a redução do ritmo de queda da produção dos EUA, assim como os estoques do país, que, apesar de estarem retraindo, estão em nível recorde.
Também preocupa o aumento do número de sondas em atividade nos EUA, o que pode indicar uma retomada da produção do país no curto e médio prazo. Analistas acreditam que o barril na casa dos US$ 50 pode ser o suficiente para que parte dos produtores norte-americanos reabram poços e voltem a ofertar mais petróleo no mercado.
A Líbia anunciou no final de semana passado que a estatal de petróleo acertou um acordo para unificar suas operações com sua concorrente do leste do país. A negociação poderá pôr fim nas disputas de embarque de petróleo nos portos, o que vinha limitando o escoamento de petróleo de um dos maiores produtores da África.
Ainda do lado pessimista, a valorização do dólar coloca pressão sobre os demais ativos negociados na divisa, como o petróleo.
Da Nigéria, contudo, informações sobre novos atentados do grupo rebelde Niger Delta Avengers põe em risco a capacidade do país de escoar sua produção. A sabotagem na infraestrutura do país ocorre semanas depois de um cessar-fogo entre o governo e o grupo.