Investing.com – A incerteza climática no Brasil e no Vietnã, além de elevação de fundos não comerciais na comercialização em Nova Iorque (ICE), devem manter os preços elevados para o café neste ano, disse o Rabobank em relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta semana.
Além da seca e queimadas no Brasil, maior produtor de café a nível mundial, o Vietnã, que é o maior produtor do café tipo robusta, passa por uma grave seca, que leva a incertezas para a safra 2025/2026.
Os preços do café no Brasil seguem em alta, com o conilon superando o arábica. Além das incertezas na oferta, os problemas no Mar Vermelho e a demanda elevada pelo conilon são os drivers de preços.
“Com o café conilon superando o valor do café arábica no Brasil, é provável que a dinâmica para consumidores e torrefadores sofra alterações significativas. Essa situação deve aumentar os custos do café para ambos, além de reduzir ainda mais o uso do conilon nos blends domésticos”, acredita o Rabobank.
O estudo do Rabobank aponta ainda que as exportações brasileiras de café somaram 31,9 milhões de sacas no acumulado de janeiro a agosto, alta anual de 39%. As vendas de conilon ao mercado externo foram destaque com 6,1 milhões de sacas, disparando 212% na mesma análise. O banco projeta que as exportações brasileiras de café devem atingir 46 milhões de sacas neste ano.
Os dados do Rabobank foram publicados no AgroInfo Q3 2024, relatório do banco que traz as principais análises do trimestre e perspectivas para os próximos meses nas commodities de café, proteína animal, fertilizantes, cana, açúcar e etanol, soja, milho, algodão, suco de laranja, leite e celulose.