Por Fabian Cambero
SANTIAGO (Reuters) - Bombeiros chilenos lutavam para conter incêndios florestais espalhados pelo país nesta segunda-feira, com previsão de permanência do tempo quente e seco nesta semana potencialmente agravando o que já são os incêndios mais letais da história recente do país.
O fogo, que já consumiu 270.000 hectares, deixou 26 vítimas fatais até agora na região centro-sul do Chile, e já faz de 2023 o segundo pior ano em termos de hectares queimados após a chamada "tempestade de fogo" que atingiu o país em 2017.
A Corporação Florestal Nacional informou que na manhã de segunda-feira havia 275 incêndios ativos, dos quais 69 estavam sendo combatidos.
"União para enfrentar a tragédia, união para nos reconstruirmos", escreveu o presidente Gabriel Boric no Twitter.
O Chile está passando por um período de tempo seco de mais de uma década, que a Organização Meteorológica Mundial chamou no ano passado de "mega seca", acrescentando que foi o período mais longo em mil anos, e que marcou uma grande crise hídrica no país.
O ministro do interior chileno disse nesta segunda-feira que 11 pessoas foram presas por ações relacionadas aos incêndios, mas não providenciou detalhes sobre os possíveis crimes sendo investigados. Na sexta-feira, Boric pontuou para sinais de que alguns dos incêndios podem ter sido iniciodos de forma intencional.
Os incêndios não afetaram a indústria de mineração no principal país produtor de cobre do mundo, com minas localizadas principalmente no norte do país, mas atingiram o setor agrícola e florestal do Chile.
A Chilean Wood Corporation, uma associação do setor, disse à Reuters na segunda-feira que seus parceiros estão atualmente focados na emergência e ainda não têm uma avaliação preliminar do impacto.