SÃO PAULO (Reuters) - A colheita de café arábica dos cooperados da Cooxupé atingiu 13,52% do total projetado para a safra até o dia 17 de junho, no ritmo mais lento desde 2018 para a época, segundo dados da cooperativa divulgados nesta quarta-feira.
Na comparação com a semana anterior, a colheita na importante região produtora da Cooxupé avançou 4 pontos percentuais.
A cooperativa não afirmou em relatório nesta quarta-feira a razão do atraso. Anteriormente, informou que o ritmo está sendo determinado pelas condições climáticas e dificuldades para contratação de trabalhadores.
Quando comparado com a safra de 2021, de baixa no ciclo bianual do arábica, o atraso é de 3,3 pontos percentuais. Em relação ao último ano de alta produtividade da cultura (2020), os trabalhos estão mais de 9 pontos percentuais atrás. Em 2018, somavam 15,7% nesta época.
Entre as regiões de atuação da Cooxupé, a colheita está mais avançada no Sul de Minas Gerais, com 17,5% do café dos cooperados já colhido. Na região de São Paulo onde a cooperativa opera, 13% já foi retirado dos pés nesta safra, enquanto no Cerrado os trabalhos atingiram apenas 5,86% do projetado.
A Cooxupé, maior cooperativa de café do Brasil e também principal exportadora, espera um aumento no recebimento de café em 2022, para 6,1 milhões de sacas de 60 kg, sendo 4,6 milhões dos cooperados e 1,5 milhão de terceiros. Em 2021, a cooperativa recebeu 5,6 milhões de sacas.
Na véspera, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informou que a colheita da safra 2022/23 estava entre 20% e 30% da produção esperada nas Matas de Minas (Zona da Mata).
Em Garça (SP) e no Sul e Cerrado Mineiro, o volume colhido totalizava de 15% a 25% do esperado. Na Mogiana (SP), a colheita soma de 10% a 20%, segundo o Cepea.
(Por Roberto Samora)