SÃO PAULO (Reuters) - A colheita da soja 2023/24 evoluiu de 20% para 38% da área cultivada no Rio Grande do Sul na última semana, favorecida pelo tempo seco, ensolarado e pelas temperaturas elevadas, informou a Emater nesta quinta-feira.
De acordo com o informativo semanal do órgão de assistência técnica do Estado, os produtores optaram por antecipar a colheita, apesar de o teor de umidade dos grãos estar entre 15% e 16%.
"Essa decisão foi impulsionada pela previsão climática, que indicava maiores volumes de chuva no período anterior. Porém, tal cenário não se configurou em todas as regiões do Estado", disse a Emater.
Atualmente, a área de soja em maturação representa 42% da área cultivada gaúcha.
A colheita está mais avançada em relação ao mesmo período do ano passado (30%), mas está atrás da média histórica para a época (53%), segundo dados da Emater.
A produtividade obtida com a soja colhida tem superado as expectativas iniciais em muitas lavouras, especialmente naquelas situadas na metade norte do Estado, onde o padrão de chuvas foi mais regular ao longo do ciclo da oleaginosa, afirmou a Emater.
Uma safra recorde de soja no Rio Grande do Sul deve compensar perdas no Centro-Oeste, região atingida pela seca, contendo o avanço dos preços no Brasil, maior produtor e exportador do mundo, de acordo com os produtores e cooperativas locais.
A priorização da colheita de soja em detrimento à do milho reduziu o ritmo da operação no cereal, que avançou apenas 1 ponto percentual em relação à semana anterior, atingindo 77% da área total cultivada no Estado.
(Por Roberto Samora)