SÃO PAULO (Reuters) - A colheita de soja em Mato Grosso avançou para 80,16% da área do maior Estado produtor da oleaginosa no país, alta de 13 pontos em uma semana, apesar de chuvas que dificultam os trabalhos em algumas regiões, apontou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) nesta sexta-feira.
Segundo dados do instituto, a colheita está 16,7 pontos atrás do registrado no mesmo período de 2019/20 e tem atraso de 8 pontos ante a média histórica para esta época do ano, após um plantio tardio afetado pela seca e chuvas desde janeiro que tornaram mais lento o processo de retirada dos grãos do campo.
O plantio do milho, realizado na sequência da colheita da soja, alcançou 88,32% da área, crescimento de 15,29 pontos percentuais no comparativo semanal.
Em relação ao mesmo período de 2019/20, no entanto, há um atraso na semeadura da segunda safra de 11,29 pontos, informou o Imea.
Mais cedo, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse em um evento online que o governo brasileiro está preocupado com as fortes chuvas no país que estão atrapalhando o plantio da segunda safra de milho e jogam os trabalhos cada vez mais para fora da janela ideal.
Também nesta sexta-feira, a consultoria Pátria AgroNegócios reduziu sua projeção para a produção nacional do cereal na "safrinha", dizendo que a produtividade seria comprometida pela falta de plantio dentro do cronograma adequado.
Quanto mais a semedura avança no mês de março, maiores são os riscos climáticos, como seca e geadas no início do inverno, além da necessidade de boas chuvas entre abril e maio.
(Por Nayara Figueiredo)