SÃO PAULO (Reuters) - O consumo nacional de energia elétrica cresceu 2,9% em maio na comparação anual, a 65 mil megawatts médios, segundo dados preliminares divulgados nesta quarta-feira pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
O desempenho de maio foi o melhor registrado neste ano e reflete uma melhor produção de alguns setores da economia, além de temperaturas mais altas em algumas regiões, estimulando o uso de equipamentos de refrigeração, como o ar-condicionado, disse a instituição.
No mercado regulado, atendido pelas distribuidoras de energia, o consumo registrou alta de 3,4% em relação a igual mês de 2022. Segundo a CCEE, esse crescimento foi reduzido pela utilização de sistemas de geração distribuída, como telhados solares, que diminuem o consumo de energia puxada da rede.
Excluindo o efeito da geração distribuída, a CCEE calcula que a demanda por energia no mercado regulado teria aumentado 6,8% em maio.
Já no mercado livre, no qual indústria e grandes empresas contratam sua energia, o avanço do consumo foi de 1,9%. As maiores altas no consumo foram registradas nos segmentos de extração de minerais metálicos (9,7%), comércio (7,7%) e alimentos (6,2%), e as maiores baixas, em serviços (-6%), madeira, papel e celulose (-4,5%) e saneamento (-3,2%).
No caso da geração de energia, os dados da CCEE mostram um declínio de 2% na produção das hidrelétricas em maio. Já as térmicas geraram mais de 8.700 MW médios, aumento de 5,4%, puxado pela maior participação das usinas a biomassa.
A geração de parques eólicos, por sua vez, avançou 18,9% em relação ao ano passado, enquanto os complexos solares produziram 76,8% mais no comparativo anual.
(Por Letícia Fucuchima)