Investing.com - A cotação do ouro caía nesta quinta-feira, já que o apetite ao risco se recuperava devido a apostas de investidores de que os recentes anúncios de tarifas dos EUA e da China são táticas de negociação é os países acabarão por chegar a um acordo.
Contratos futuros de ouro com vencimento em junho na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York recuavam US$ 13,10, ou cerca de 1% para US$ 1.327,20 a onça troy por volta das 11h46.
A cotação do metal precioso subiu à máxima de uma semana na quarta-feira após a China ter anunciado uma nova onda de tarifas sobre produtos importados dos EUA em retaliação ao plano da administração Trump de impor tarifas sobre produtos chineses.
Preocupações de que políticas comerciais protecionistas possam resultar em uma guerra comercial impulsionaram o ouro em meio a temores sobre o impacto no crescimento econômico global e dos EUA.
Contudo, as tensões comerciais diminuíram após Larry Kudlow, principal assessor econômico do presidente Donald Trump, ter afirmado na quarta-feira que as tarifas propostas em relação à China podem não entrar de fato em vigor e acrescentou que não há uma guerra comercial entre os EUA e o país asiático.
Os ânimos do mercado também tiveram apoio de expectativas de que os EUA poderiam chegar a um acordo com o Canadá e o México a respeito do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA, na sigla em inglês).
A redução das tensões comerciais reduziu a demanda por ativos considerados portos seguros que são normalmente procurados como uma reserva de valor durante momentos de incerteza política ou econômica.
O que também pesava sobre a cotação do oura era a recuperação do dólar nesta quinta-feira à medida que preocupações esfriavam. Um dólar mais forte torna o metal cotado nesta moeda mais caro para detentores de modas estrangeiras.
Às 11h39, o índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, recuava 0,21% para 89,66.
A moeda norte-americana presenciava pouca movimentação após dados contraditórios sobre os pedidos de seguro-desemprego na semana. Embora o número de novos pedidos de benefícios de assistência ao desemprego nos EUA tenha subido mais do que o esperado na semana passada, o número total de norte-americanos desempregados caiu ao menor nível desde 1973.
Investidores voltavam suas atenções ao relatório oficial do governo, mais abrangente, que será divulgado na sexta-feira. Economistas esperam a criação de 193.000 empregos não agrícolas.