Investing.com - A cotação do petróleo permanecia em baixa nesta sexta-feira, flutuando em torno da mínima de várias semanas em meio a preocupações com o aumento dos níveis de produção dos EUA e novos temores com políticas protecionistas norte-americanas.
O contrato com vencimento em abril do petróleo bruto West Texas Intermediate recuava US$ 0,52, ou cerca de 0,89%, para US$ 60,44 o barril por volta do meio-dia, descolando-se de US$ 60,20, mínima de duas semanas e meia atingida na quinta-feira.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em maio na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres recuavam US$ 0,49, ou cerca de 0,77%, e o barril era negociado a US$ 63,38 após ter atingido US$ 63,20 na sessão anterior, mínima de duas semanas.
A cotação do petróleo foi abalada após a Administração de Informação de Energia dos EUA ter informado na quarta-feira que os estoques de petróleo tiveram aumento de 3,019 milhões de barris na semana encerrada em 23 de fevereiro, total maior do que o aumento esperado de 2,4 milhões de barris.
Temores de que a crescente produção norte-americana possa afetar os esforços da Opep para retirar do mercado o excesso de oferta também limitavam recentemente os ganhos do petróleo.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e alguns países externos à organização liderados pela Rússia concordaram em dezembro com a extensão dos cortes na produção de petróleo até o final de 2018.
O pacto para cortar a produção de petróleo em 1,8 milhão de barris por dia foi adotado no último inverno pela Opep, Rússia e outros nove produtores globais. O acordo deveria acabar em março de 2018, uma vez que já teve uma extensão.
Participantes do mercado também estavam assimilando informações divulgadas na quinta-feira de que Donald Trump, presidente norte-americano, planeja impor tarifas de 25% sobre aço importado e de 10% sobre importação de alumínio, em uma ação para "proteger a indústria norte-americana".
Este movimento gerou preocupações com possíveis guerras comerciais, o que afetou drasticamente o sentimento de risco.
Além disso, contratos futuros de gasolina recuavam 1,74% para US$ 1,861 o galão, ao passo que os contratos futuros de gás natural avançavam 0,48% para US$ 2,711 por milhão de unidades térmicas britânicas.