O crédito rural liberado no âmbito do Plano Safra 2022/23 alcançou R$ 290,43 bilhões entre julho de 2022 - primeiro mês de vigência do ano-safra - até abril deste ano, informou há pouco, em nota, o Ministério da Agricultura. A pouco menos de dois meses para se encerrar o ano-safra, este montante, que considera linhas de custeio, investimento, comercialização e industrialização, representa 85% em relação ao total divulgado no lançamento do plano, no ano passado, de R$ 340,88 bilhões.
Segundo o ministério, financiamentos para linhas de custeio tiveram aplicação de R$ 171,74 bilhões. Já as contratações das linhas de investimentos totalizaram mais de R$ 78 bilhões. As operações de comercialização atingiram R$ 26,8 bilhões e as de industrialização, R$ 13,8 bilhões.
Esses valores contemplam um total de 1.591.366 contratos - dos quais 1.154.635 no Pronaf, linha voltada a produtores familiares que liberou, no período, R$ 45,7 bilhões, e 174.517 no Pronamp, de crédito ao médio produtor, que teve liberados R$ 41,4 bilhões. Segundo o ministério, os demais produtores formalizaram 262.214 contratos, correspondendo a R$ 203 bilhões de financiamentos contraídos nas instituições financeiras.
Entre os programas prioritários de financiamento agropecuário, o Programa ABC+ liberou, de julho a abril, R$ 3,6 bilhões, seguido dos programas de construção de armazéns(PCA), e de inovação e de apoio aos médios produtores rurais, cujas respectivas contratações foram, aproximadamente, de R$ 2 bilhões.
Em relação às fontes de recursos do crédito rural, a participação dos recursos obrigatórios, no total das contratações, foi de R$ 67,4 bilhões, e a de recursos da poupança rural controlada manteve os R$ 53 bilhões. As duas fontes somam 41% do total do crédito rural.
O Ministério da Agricultura informou também que a demanda por recursos não controlados somou R$ 123 bilhões, com destaque para os recursos da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) com R$ 72,3 bilhões, o equivalente a 25% de todos os financiamentos.
"No ritmo que as contratações estão ocorrendo, pode-se afirmar que o volume total de recursos programados para o atual plano safra, que se encerra em 30 de junho, serão plenamente alcançados", avaliou, na nota, o diretor adjunto substituto de Política Agrícola, Wilson Vaz de Araújo.