Por Shu Zhang
CINGAPURA (Reuters) - Refinarias independentes da China estão comprando cargas de petróleo da Rússia, Omã, África e Brasil para entrega em setembro e outubro, em meio a um aumento do ritmo de operação após margens terem voltado ao positivo em julho, disseram operadores e fontes de refino.
O forte apetite por compras dessas refinarias, conhecidas como "teapots", elevou os prêmios por petróleos como o russo EPO, o de Omã e o do campo de Lula, no Brasil, além do petróleo angolano, que elas tipicamente compram, disseram à Reuters dois operadores em Cingapura.
Ao menos duas refinarias chinesas estão elevando o volume de petróleo que processam para aproveitar os preços mais altos de combustíveis, disseram executivos das empresas.
Essas refinarias foram forçadas a cortar produção nos primeiros seis meses devido a perdas após a entrada em operação de novas e grandes refinarias ter gerado um excesso de oferta doméstica de combustível.
"De janeiro a junho, nós estávamos todos tendo perdas. Neste mês, graças à alta nos preços dos produtos refinados, nossas vidas melhoraram", disse uma fonte que compra petróleo russo para uma refinaria com sede em Shandong.
As "teapots" também estão estocando petróleo após terem recebido cotas adicionais de importações mais cedo neste mês, disse uma fonte de outra refinaria em Shandong que compra petróleo do campo brasileiro de Lula.
Essa refinaria está operando com capacidade total após retomar operações no início do mês. Ela dobrou o volume de compras de petróleo neste mês, para 300 mil toneladas no mês passado, acrescentou a fonte, sem detalhar quando o petróleo será entregue.