SÃO PAULO (Reuters) - Representante da Embrapa Soja e da Academia Chinesa de Ciência se reuniram nesta segunda-feira para discutir projetos de pesquisa para o cultivo da oleaginosa no Brasil, conforme comunicado.
Segundo a Embrapa, inicialmente, serão realizadas atividades focadas em ações na área de biotecnologia para a cultura da soja em regiões tropicais. Os debates estão em linha com um acordo entre as entidades firmado em um memorando de entendimento em 2020.
Os projetos também poderão ser expandidos para outras áreas do conhecimento com o avanço e desenvolvimento da parceria, disse em nota o chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno.
“Essa parceria irá possibilitar a troca de conhecimentos e até mesmo o intercâmbio de cientistas visitantes entre os países para desenvolvimento de projetos em conjunto para a cultura da soja”, disse ele.
“Neste primeiro encontro, os cientistas chineses vieram conhecer o que estamos pesquisando e também apresentaram as ações de pesquisa que eles desenvolvem para avaliarmos os interesses em comum e assim o potencial de complementariedade e, portanto, do desenvolvimento das pesquisas em conjunto”, acrescentou Nepomuceno.
A comitiva chinesa que esteve na Embrapa Soja, em Londrina (PR), era formada por sete pesquisadores de quatro instituições científicas e universidades chinesas, especialistas em genética de soja, dentre elas o Instituto de Genética e Desenvolvimento Biológico, CAS e a Universidade da Academia Chinesa de Ciências.
"Cerca de 80% do total exportado pelo Brasil é destinado para a China, ou seja, aproximadamente 60 milhões de toneladas das 150 milhões de toneladas de soja produzidas na safra 2022/23", destacou a Embrapa, citando a perspectiva de uma colheita recorde para esta temporada.
(Reportagem de Nayara Figueiredo)