QUITO (Reuters) - O governo do Equador está mobilizando soldados e policiais em nove províncias para combater a mineração ilegal, disseram autoridades nesta segunda-feira, em uma tentativa de erradicar as minas ilegais voltadas principalmente a depósitos de ouro e cobre.
O anúncio ocorre após cerca de 1.000 membros das forças de segurança destruírem máquinas em uma operação contra garimpeiros ilegais nas províncias de Napo e Orellana, no leste da Amazônia.
No início deste ano, o presidente equatoriano, Guillermo Lasso, declarou a mineração ilegal como ameaça à segurança nacional, vinculando a prática ao crime organizado, incluindo lavagem de dinheiro e tráfico de armas e combustível.
"Aos membros do crime organizado que insistem nessa atividade, ouçam bem esta mensagem: estamos entrando com absolutamente tudo", disse o ministro do Interior, Juan Zapata, em entrevista coletiva na capital Quito.
A mineração ilegal está presente em 21 das 24 províncias do Equador, disse Zapata, mas o plano anunciado nesta segunda-feira tem como alvo as principais zonas de conflito na região amazônica ricas em biodiversidade, incluindo áreas protegidas e regiões que abrigam metais preciosos e básicos.
A última operação visa destruir ainda mais máquinas, apreender armas e prender envolvidos, afirmou Zapata.
No último fim de semana em Napo e Orellana, as forças de segurança relataram o impacto visível da atividade ilegal na biodiversidade e nos rios locais, assim como a presença de combustível na água, disse o ministro do Meio Ambiente, José Davalos, a repórteres.
(Reportagem de Alexandra Valencia)