Por Francois Murphy
VIENA (Reuters) - Estados Unidos, França, Reino Unido e Alemanha estão pressionando para que o conselho da agência nuclear da ONU repreenda o Irã por não responder a perguntas de longa data sobre vestígios de urânio em locais não declarados, mostrou um esboço de resolução visto pela Reuters.
É provável que a medida enfureça o Irã, que geralmente se irrita com essas resoluções, e isso, por sua vez, pode prejudicar as perspectivas de resgatar o acordo nuclear iraniano de 2015. Negociações indiretas entre Irã e Estados Unidos já estão paralisadas.
As potências ocidentais adiaram a apresentação de um esboço de resolução para reuniões trimestrais anteriores do Conselho de 35 nações da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre essa questão precisamente porque ela pode atrapalhar essas negociações, que não são realizadas desde março.
A questão, no entanto, veio à tona desde que a AIEA disse aos Estados-membros nesta semana que o Irã não havia dado respostas críveis sobre as partículas encontradas em três locais antigos, mas não declarados, apesar de ambos os lados concordarem em março em retomar suas discussões e tentar resolver os problemas em aberto até agora.
O conselho da AIEA apelou ao "Irã a agir com urgência para cumprir suas obrigações legais e aceitar imediatamente a oferta do diretor-geral (AIEA) de mais engajamento para esclarecer e resolver todas as questões pendentes", diz o esboço de texto enviado aos Estados-membros da AIEA e visto pela Reuters na quarta-feira.
O texto, datado de terça-feira, não informava quais países o redigiram. Dois diplomatas disseram que foi pelos Estados Unidos e pelo chamado E3.