Exportação de café do Brasil sobe mais de 30% em novembro, novo recorde à vista

Publicado 09.12.2020, 09:20
Atualizado 09.12.2020, 17:46
© Reuters. Sacas de café da variedade arábica em uma fazenda em Minas Gerais, sudeste do Brasil
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Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - As exportações totais de café do Brasil no mês passado atingiram 4,3 milhões de sacas (incluindo industrializado), alta de 32,2% na comparação anual, marcando um novo recorde para novembro, além do segundo maior embarque mensal deste ano, informou nesta quarta-feira o Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

Em meio à pandemia, as condições favoráveis de mercado com um câmbio que permitiu o fechamento de bons negócios anteriormente --além de uma oferta abundante e de alta qualidade em 2020-- abriram espaço para que o Brasil registrasse exportações mensais acima 4 milhões de sacas nos últimos três meses, quebrando recordes consecutivos.

Embora um valor revisado aponte agora que outubro teve a maior exportação mensal da história pelo maior produtor e exportador global de café, com 4,456 milhões de sacas, o Cecafé alertou que novembro pode bater essa marca, após as tradicionais revisões de fechamento.

"Os resultados de exportação do café brasileiro, apresentados no mês de novembro, surpreenderam mais uma vez por sua excelente performance, tanto pelos registros em volume quanto pelo econômico", disse em nota o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.

Assim, o Cecafé afirmou que o Brasil registrou a maior performance dos últimos cinco anos em volume exportado de café nos cinco primeiros meses do ano safra 2020/21, com 19,8 milhões de sacas embarcadas, um crescimento de 15,2% ante o mesmo período da temporada anterior.

A exportação de café verde do Brasil em novembro somou 4,025 milhões de sacas de 60 kg, alta de 35,9% ante o mesmo mês de 2019, informou nesta quarta-feira

Os embarques de café arábica atingiram 3,69 milhões de sacas, alta de 33,9% em igual comparação. A exportação de café robusta em novembro somou 333,9 mil sacas, um salto de 63,6% ante o mesmo mês de 2019, segundo o Cecafé, enquanto o volume equivalente em solúvel foi de 313,4 mil sacas, queda de 1,7%.

© Reuters. Sacas de café da variedade arábica em uma fazenda em Minas Gerais, sudeste do Brasil

De janeiro a novembro, o Brasil exportou 39,8 milhões de sacas de café, aumento de 5,7% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a receita cambial atingiu 5 bilhões de dólares, alta de 6,7%.

Na conversão em reais, a receita foi equivalente a 25,9 bilhões, registrando crescimento de 40% em relação a janeiro/novembro de 2019.

No ano civil, os dez principais países consumidores de café brasileiro foram, respectivamente: Estados Unidos, que importaram 7,2 milhões de sacas (18,2% do total embarcado no período); Alemanha, com 6,7 milhões de sacas (16,9%); Bélgica, com 3,3 milhões de sacas (8,4%); Itália, com 2,8 milhões de sacas (7,2%); Japão, com 2,1 milhões de sacas (5,2%); Turquia, com 1,3 milhão de sacas (3,3%); Federação Russa, com 1,1 milhão de sacas (2,9%); México, com 971,9 mil sacas (2,4%); entre outros.

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