SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de carne suína do Brasil avançaram 2,6% em setembro na comparação com igual período do ano passado, atingindo 58 mil toneladas, informou nesta sexta-feira a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Ainda de acordo com a entidade, a receita gerada pelos embarques da proteína saltaram 31,6% no mês, com 124,4 milhões de dólares. Os dados consideram todos os produtos, entre in natura e processados.
"As vendas para a Ásia, especialmente para a China, mantêm as exportações brasileiras de carne suína em fluxo positivo", disse em nota o presidente da ABPA, Francisco Turra.
Com uma epidemia de peste suína africana afetando sua criação de porcos há cerca de um ano, a China ampliou importações de proteínas, ajudando em uma alta de preços do produto --apenas em agosto, o rebanho chinês de suínos encolheu em 38,7% na comparação anual, segundo dados governamentais.
No acumulado do ano, as exportações brasileiras de carne de porco atingiram 524,2 mil toneladas, alta de 12,15% ante os nove primeiros meses de 2018. As receitas no período totalizam 1,080 bilhão de dólares, elevação de 21,1%.
CARNE DE FRANGO
Por outro lado, setembro não foi tão positivo para as exportações de carne de frango do Brasil, in natura e processadas, com os embarques recuando 11% versus mesmo mês do ano passado e somando 323 mil toneladas, de acordo com a ABPA.
No mês, as receitas atingiram 538,4 milhões de dólares, retração de 6,9%.
Procurada, a ABPA não se manifestou sobre o motivo da redução, que também ocorreu para a carne bovina no mês passado.
Ainda assim, há leve alta no volume de vendas no acumulado de 2019, com 3,081 milhões de toneladas de carne de frango exportada, avanço de 0,7% na comparação anual. As receitas no período subiram 5,7%, para 5,16 bilhões de dólares.
(Por Gabriel Araujo; edição de Roberto Samora)