SÃO PAULO (Reuters) - A abertura do mercado chinês para compra de farelo de soja do Brasil, ainda que os embarques não estejam ocorrendo, traz perspectiva positiva para a indústria brasileira de esmagamento e representa diversificação no comércio internacional, disse nesta sexta-feira a associação do setor Abiove.
A entidade avaliou a abertura, confirmada pelo governo federal na véspera, como uma "grande conquista", fruto de um trabalho conjunto com o Ministério da Agricultura que já vem sendo realizado há pelo menos quatro anos.
"A entidade pondera que, a partir de agora, será necessário entender os procedimentos para que (se) faça a habilitação de suas plantas produtivas para atendimento das possíveis demandas futuras por farelo", afirmou em nota a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
Do ponto de vista da diversificação, a entidade lembrou que o Brasil já exporta a soja em grão e óleo, e agora tem a perspectiva de comercializar também farelo e proteína concentrada de soja, tendo a China como principal cliente do complexo.
"Vale destacar que esta abertura de mercado traz uma expectativa positiva para a indústria brasileira esmagar mais soja com ampliação da oferta de óleo vegetal para a produção de biodiesel", disse.
Neste sentido, a entidade considera que as condições para a implementação do B15 em março de 2023 foram fortalecidas e o país poderá retomar o cronograma estabelecido pela Resolução CNPE nº 16/2018.
(Reportagem de Roberto Samora, texto de Nayara Figueiredo)