SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil deverá colher 72,4 milhões de toneladas de milho na segunda safra da temporada 2018/19, cuja colheita está entrando na reta final, ante 71,7 milhões na previsão de julho, informou nesta sexta-feira a consultoria INTL FCStone.
Com isso a produção total, considerando a safra de verão, foi elevada para um recorde de 100,46 milhões de toneladas, o que deve permitir também embarques históricos neste ano.
A consultoria elevou sua projeção de exportação de milho do Brasil, segundo exportador global, para 36 milhões de toneladas, ante 35 mi t na previsão de julho, versus embarques de cerca de 24 milhões na safra passada.
"As exportações de milho começaram a ganhar força mais cedo neste ano... Com as perdas nos EUA, o Brasil deve ter espaço para embarcar volumes maiores, principalmente neste segundo semestre, com grande potencial de atingir um recorde", disse em nota a analista Ana Luiza Lodi.
Na véspera, o governo brasileiro registrou recorde de exportações de milho em julho, acima de 6 milhões de toneladas.
"Mesmo com expectativas para as exportações muito positivas, as estimativas para os estoques finais da safra 2018/19 ficaram acima de 17 milhões de toneladas", disse analista de mercado do grupo, Ana Luiza, ressaltando que o país tem reservas confortáveis.
Na temporada passada, atingida por uma seca, o país colheu apenas 80,7 milhões de toneladas.
(Por Roberto Samora)