Frenesi especulativo menor no minério afeta mercado real, avalia BTG

Publicado 28.06.2017, 06:34
© Reuters.  Segundo o BTG, o nível atual dos papéis da Vale precifica uma curva do minério de ferro em torno de
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Money Times - O minério de ferro, desde que deixou de ser precificado a cada três meses, se tornou um novo produto financeiro desejado por traders em todo o mundo. Em abril de 2007, a bolsa de Cingapura (SGX) foi a primeira a oferecer um contrato de minério de ferro que possibilitasse a proteção contra as oscilações dos preços do mercado à vista.

Depois, em junho de 2009, foi a vez da London Clearing House disponibilizar os serviços de compensação dos contratos no mercado de balcão (fora de bolsa). Hoje, são inúmeras as bolsas a oferecer tal tipo de serviço. A mais proeminente tem sido a Bolsa de Futuros Dalian, na China. A facilidade em negociar tem levado o mercado para fortes oscilações.

A correria pelos contratos é tanta que o troca-troca afeta o mercado físico. “O frenesi de compra especulativo no mercado de futuros de Dalian esfriou, o que acreditamos que poderia manter os mercados físicos mais contidos”, avaliam os analistas do BTG Pactual (SA:BBTG11) Leonardo Correa e Caio Ribeiro, em um relatório sobre o impacto da reestruturação societária da Vale (SA:VALE5) aprovada hoje.

Estimativas

“Não esqueçamos que Vale é principalmente uma aposta de uma variável, e nossa visão nesse lado permanece cautelosa”, dizem os analistas ao destacar a importância do minério de ferro sobre os resultados da mineradora. Para cada US$ 1 de mudança no preço da tonelada da commodity, o valuation é impactado em aproximadamente 5% a 6%.

Segundo o BTG, o nível atual dos papéis precifica uma curva do minério de ferro em torno de US$ 53 a US$ 54, o que não os deixa atraentes. O banco mantém a projeção de preços de US$ 50 a tonelada para 2018 e vê uma alta probabilidade de uma queda até os US$ 40 em algum ponto do segundo semestre de 2017.

Reestruturação

A reestruturação societária é vista com bons olhos pelos analistas. O BTG entende que a empresa está bem posicionada para voltar ao crescimento por meio da diversificação de produtos ou fusões e aquisições e, agora, com mudanças de governança que podem resultar em uma menor interferência do governo.

O novo acordo vinculará apenas 20% das ações ordinárias pertencentes aos atuais controladores da mineradora e valerá até novembro de 2020. Ao fim desse prazo a expectativa é que a empresa passe a ter capital pulverizado e migre para o Novo Mercado.

O BTG ressalta, contudo, que a partir de uma perspectiva dos preços das ações, o fluxo de notícias é mais positivo para os papéis da Bradespar (SA:BRAP4). “Como argumentamos anteriormente, o acordo de governança da Vale remove uma grande pressão vendedora do caso de investimento da Bradespar – como fornecer liquidez aos acionistas da Valepar, principalmente a Previ/BNDES”, ressaltam Correa e Ribeiro.

Por Money Times

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