A Frigol, quarto maior frigorífico do País, com sede em Lençóis Paulista (SP), registrou prejuízo líquido de R$ 15 milhões no primeiro trimestre de 2023, queda significativa ante o lucro líquido de R$ 65 milhões no primeiro trimestre de 2022. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em R$ 2,6 milhões, com margem de -0,4%, atingindo o break-even, ante resultado recorde de R$ 94 milhões do primeiro trimestre de 2022, quando a margem foi de 9,4%.
Nos primeiros três meses do ano, a Frigol obteve receita bruta de R$ 730 milhões, queda de 30% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a alavancagem da companhia ficou em 2,1 vezes dívida líquida/Ebitda, com o caixa em R$ 212 milhões, 182% a mais que os R$ 75 milhões no 1tri22.
Segundo o CEO da Frigol, Eduardo Miron, em nota, os resultados foram pressionados por um trimestre tradicionalmente "mais fraco", somado à ausência da China, principal parceiro comercial do Brasil.
"As vendas para o mercado externo caíram 11 pontos porcentuais. Durante o autoembargo do País (após o Brasil identificar um caso atípico de mal da vaca louca), a empresa ajustou sua produção, acelerou seus projetos de crescimento e redirecionou suas exportações para outros países e para o mercado interno", relatou Miron.
Para o ano fiscal de 2023, a empresa mantém a projeção de crescer cerca de 20% em faturamento. Para isso, está investindo R$ 45 milhões de Capex, que inclui a ampliação da capacidade de abate em suas três unidades produtivas de bovinos. A expectativa é abater cerca de 590 mil bovinos neste ano, 25% acima de 2022.