Investing.com – Os futuros de ouro recuperaram-se para uma alta de três semanas na sexta-feira, antes de encerrarem a semana em leve baixa, uma vez que os investidores continuaram acompanhando os acontecimentos geopolíticos na Ucrânia e no Iraque.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em dezembro subiu para uma alta da sessão de US$ 1.324,30 por onça-troy, o nível mais alto desde 18 de julho, antes de ficar em US$ 1.311,00 no fechamento, caindo 0,11%, ou US$ 1,50.
Um dia antes, o ouro havia subido 0,33%, ou US$ 4,30, e ficado em US$ 1.312,50 por onça. Na semana, o ouro da Comex avançou 1,23%, ou US$ 16,20 por onça, o primeiro ganho semanal em quatro semanas.
Espera-se que os preços do ouro encontrem apoio em US$ 1.283,80, a baixa de 5 de agosto, e resistência em US$ 1.325,50, a alta de 18 de julho.
O apetite por ativos mais seguros enfraqueceu na sexta, após novas notícias de que a Rússia encerrou seus exercícios militares na fronteira com a Ucrânia, reduzindo as preocupações de que poderia ocorrer uma invasão.
No início da semana, a NATO advertiu que a Rússia colocou cerca de 20.000 tropas prontas para combate na fronteira da Ucrânia em preparação para uma possível invasão terrestre.
O ouro recuperou-se para uma alta de três semanas no início do pregão, após o presidente Barack Obama ter autorizado ataques aéreos no Iraque para evitar a insurgência sunita lá e proteger os civis iraquianos contra o levante, bem como funcionários norte-americanos no país.
Em outros lugares, Israel disse que o Hamas violou um cessar-fogo de 72 horas e ordenou que os militares retornassem o ataque na Faixa de Gaza na sexta-feira.
O ouro é frequentemente considerado um investimento seguro em épocas de incerteza geopolítica.
Nesta semana, os investidores continuarão acompanhando os riscos geopolíticos, ao passo que dados preliminares sobre o crescimento no segundo semestre na zona do euro serão atentamente observados.
Os mercados também estarão acompanhando o relatório norte-americano sobre as vendas no varejo em julho em busca de mais dicas sobre a economia norte-americana e sobre quando as taxas de juros serão possivelmente aumentadas.
Segundo dados divulgados na sexta-feira pela Commodities Futures Trading Commission (CFTC), os fundos de hedge e gestores de fundos reduziram suas apostas positivas nos futuros de ouro na semana encerrando em 5 de agosto.
As posições líquidas compradas totalizaram 104.111 contratos, 14,7% abaixo das posições líquidas compradas de 122.092 da semana anterior.
Também na Comex, a prata com vencimento em setembro caiu 0,25%, ou 4,9 centavos, na sexta-feira, e fechou a semana em US$ 19,94 por onça.
Na semana, os contratos futuros de prata de setembro perderam 2,11%, ou 43,0 centavos, o quarto declínio semanal consecutivo.
Os dados da CFTC mostraram que as posições líquidas compradas de prata totalizaram 29.065 contratos na semana passada, em comparação com as posições líquidas compradas de 41.699 contratos na semana anterior.
Na negociação de metais, o cobre com vencimento em setembro caiu 0,08%, ou 2,5 centavos, na sexta-feira, encerrando a semana em US$ 3,173 por libra no fechamento do pregão.
Na semana, os preços do cobre da Comex caíram 1,27%, ou 4,1 centavos, em meio a preocupações com uma desaceleração na demanda oriunda da China.
Dados comerciais oficiais divulgados na sexta-feira mostraram que as importações de cobre da China caíram mês a mês 2,9% em julho, recuando pelo terceiro mês consecutivo.
O superávit comercial chinês expandiu para uma alta histórica de US$ 47,3 bilhões em julho, de um superávit de US$ 31,6 bilhões em junho, em comparação com as estimativas de um superávit de US$ 27,0 bilhões.
As exportações chinesas cresceram 14,5% em relação ao ano passado, superando as expectativas de uma alta de 7.5%, mas as exportações caíram 1,6% no mês passado, decepcionando as projeções de um ganho de 3%.
Segundo a CFTC, as posições líquidas compradas de cobre totalizaram 34.330 contratos na semana passada, em baixa relação às posições líquidas compradas de 38.859 da semana anterior.