Investing.com – O ouro atingiu uma baixa de cinco anos na sexta-feira, uma vez que dados otimistas sobre a inflação e a habitação nos EUA estimularam as expectativas para um aumento das taxas de juros entre setembro a dezembro.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de ouro com vencimento em agosto atingiram uma baixa intraday de US$ 1.129,60 por onça-troy, um nível não visto desde abril de 2010, antes de serem negociados a US$ 1.131,90, uma queda de US$ 12,00 ou 1,05%.
Na semana, os preços do metal caíram US$ 27,20, ou 2,24%, a quarta perda semanal consecutiva.
Os futuros devem encontrar apoio em US$ 1.123,70, a baixa de 29 de abril de 2010, e resistência em US$ 1.148,20, a alta de 16 de julho.
Também na Comex, os futuros de prata com vencimento em setembro caíram 15,0 centavos, ou 1%, para US$ 14,83 por onça na sexta-feira. Na semana, os preços da prata perderam 72,1 centavos, ou 4,18%, a quarta perda semanal consecutiva.
Dados na sexta-feira mostraram que os preços ao consumidor dos EUA subiram 0,3% em junho, o quinto aumento mensal consecutivo, ao passo que os preços da inflação subjacente, que exclui alimentos e energia, aumentaram 0,2 % no mês passado, somando-se aos sinais de uma estabilidade inflacionária.
Um relatório separado mostrou que a construção de imóveis nos EUA subiu 9,8% para 1.174 milhão de unidades em junho. Os analistas haviam projetado um aumento de 6,2% no setor de construção no mês passado.
Enquanto isso, os alvarás de construção nos EUA avançaram 7,4% para 1,343 milhão de unidades em junho, o nível mais alto desde julho de 2007, apontando para um mercado imobiliário com rápido fortalecimento.
No início da semana, a presidente do Banco Central dos EUA (Fed), Janet Yellen, disse que o banco central está próximo de aumentar as taxas de juros até o fim do ano se a economia continuar crescendo como o esperado.
As expectativas de uma taxa de empréstimo maior no futuro são consideradas pessimistas para o ouro, uma vez que o metal precioso se esforça para competir com ativos de alto rendimento, quando as taxas de juros estão em ascensão.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,3% para 98,09 na sexta-feira, o nível mais forte desde 23 de abril.
Na semana, o índice subiu 1,9%, o maior ganho semanal desde maio, em meio a crescentes indicações de que um aumento das taxas está prestes a acontecer nos EUA ainda neste ano.
Um dólar norte-americano mais forte geralmente pesa sobre o ouro, porque a moeda diminui o apelo do metal como um ativo alternativo e torna as commodities negociadas em dólar mais caras para os detentores de outras moedas.
Enquanto isso, os ministros da zona do euro concordaram na quinta-feira a dar à Grécia um empréstimo-ponte de € 7 bilhões de um fundo da União Europeia para manter suas finanças em ordem até que um resgate seja aprovado.
As notícias foram divulgadas após o Banco Central Europeu ter aumentado seu empréstimo de emergência para os bancos gregos em € 900 milhões e ter acrescentado que operando sob a suposição de que a Grécia permanecerá na zona do euro.
Enquanto isso, nas negociações de metais, o cobre com vencimento em setembro recuou 2,7centavos, ou 1,07%, para US$ 2,496 por libra, o nível mais baixo desde 8 de julho.
Na semana, os preços do cobre recuaram 3,4 centavos, ou 1,65%, em meio a preocupações contínuas com economia da China. A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.
Também na Comex, na sexta-feira, a platina ficou abaixo do limite de US$ 1.000 pela primeira vez desde o início de 2009, uma vez que as preocupações com amplas reservas e fraca demanda pesaram.
Nesta semana, os participantes do mercado vão aguardar os dados dos EUA sobre as vendas de imóveis e pedidos de auxílio-desemprego casas para mais indicações sobre a força da economia e o momento de um aumento das taxas de juros.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados. O guia não inclui a segunda e a terça-feira porque não há dados relevantes previstos para esses dias.
Quarta-feira, 22 de julho
Os EUA devem divulgar dados do setor privado sobre as vendas pendentes de imóveis residenciais.
Quinta-feira, 23 de julho
Os EUA devem divulgar o relatório sobre pedidos novos de seguro-desemprego.
Sexta-feira, 24 de julho
A China deve publicar a leitura preliminar o índice HSBC para o setor de manufatura.
A zona do euro deve divulgar dados de levantamento sobre a atividade no setor privado.
Os EUA devem resumir a semana com relatórios sobre a atividade manufatureira e as vendas de imóveis residenciais novos.