Investing.com –- Os futuros de ouro recuperam-se 1% na sexta-feira, uma vez que os investidores continuaram monitorando as preocupações políticas na Faixa de Gaza e na Ucrânia.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em agosto saltou 0,97%, ou US$ 12,50, na sexta-feira e encerrou a semana em US$ 1.303,30 por onça-troy.
Espera-se que os preços do ouro encontrem apoio em US$ 1.287,50, a baixa de 24 de julho, e resistência em US$ 1.316,80, a alta de 22 de julho.
O apelo do ouro foi impulsionado na sexta-feira porque os investidores continuaram acompanhando atentamente uma crise geopolítica cada vez maior entre Moscou e o Ocidente relacionada à situação na Ucrânia.
O Pentágono disse na sexta-feira que a Rússia aumentou a violência na Ucrânia e pode estar programada para fornecer armas mais sofisticadas aos rebeldes pró-Rússia na Ucrânia oriental.
Enquanto isso, a luta entre Israel e Hamas mostrou poucos sinais de diminuição, apesar dos esforços atuais por parte dos EUA para alcançar um cessar-fogo.
O ouro é frequentemente considerado um investimento seguro em épocas de incerteza geopolítica.
Apesar dos fortes ganhos de sexta, o ouro da Comex caiu 0,46%, ou US$ 6,10 por onça, na semana, a segunda perda semanal consecutiva.
O ouro atingiu uma baixa de cinco semanas de US$ 1.287,50 na quinta-feira, após dados econômicos norte-americanos otimistas terem somado-se às especulações de que o Banco Central dos EUA (Fed) pode começar a aumentar a taxa de juros mais cedo que o esperado.
O Ministério do Trabalho dos EUA informou que a quantidade de indivíduos que entraram com pedidos novos de seguro desemprego na semana que terminou em 19 de julho caiu em 19.000, para 284.000, uma baixa de oito anos.
Na sexta-feira, o Departamento do Censo dos EUA disse que os pedidos de bens duráveis nos EUA cresceram 0,7% em junho, superando as estimativas de um aumento de 0,5%. Os pedidos brutos de bens duráveis, que não incluem itens de transporte, cresceram 0,8% em junho, superando as estimativas de um ganho de 0,6%.
Os dados apoiaram as expectativas do mercado de que o Banco Central dos EUA reduzirá seu programa de compra de títulos por volta de outubro e elevará a taxa de juros em 2015, o que reduziria a necessidade de utilizar o ouro como um hedge contra a uma política monetária flexibilizada.
Nesta semana, os investidores estarão aguardando o anúncio de política monetária de quarta-feira por parte do Banco Central dos EUA. Os EUA também divulgarão o relatório mensal do indicador NFP (nonfarm payrolls) de julho, no final da semana, bem como uma estimativa preliminar sobre o crescimento econômico no segundo trimestre.
Segundo dados divulgados na sexta-feira pela Commodities Futures Trading Commission (CFTC), os fundos de hedge e gestores de fundos aumentaram suas apostas positivas nos futuros de ouro na semana encerrando em 22 de julho.
As posições líquidas compradas totalizaram 136.120 contratos, 3,1% acima das posições líquidas compradas de 131.971 da semana anterior.
Também na Comex, a prata com vencimento em setembro subiu 1,08%, ou 22,1 centavos, na sexta-feira, e fechou a semana em US$ 20,63 por onça, uma vez que os investidores retornaram ao mercado em busca de barganhas após os preços terem atingido uma baixa de cinco semanas na quinta-feira.
Na semana, os contratos futuros de prata de setembro perderam 1,19%, ou 25,0 centavos, o segundo declínio semanal consecutivo.
Os dados da CFTC mostraram que as posições líquidas compradas de prata totalizaram 46.221 contratos na semana passada, pouco alteradas em relação às posições líquidas compradas de 46.795 contratos na semana anterior.
Em negociações de metal, o cobre com vencimento em setembro recuperou-se para uma alta diária de US$ 3,279 por libra na sexta-feira, o nível mais alto desde 13 de julho, antes de reduzir ganhos e ser negociado a US$ 3,240 perto do fechamento, caindo 0,8%, ou 2,6 centavos.
Na semana, os preços do cobre da Comex subiram 1,72%, ou 5,6 centavos por libra, uma vez que um otimismo cada vez maior em relação à saúde da economia norte-americana e especulações de que a demanda da China aumentará no curto prazo impulsionaram os preços.
Segundo a CFTC, as posições líquidas compradas de cobre totalizaram 44.107 contratos na semana passada, em baixa frente as posições líquidas compradas de 48.994 da semana anterior.