Investing.com – O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação positiva de 0,52% em dezembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, a inflação fechou o ano de 2024 em 4,83%, acima do teto da meta estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O centro da meta é de 3%, com 1,5 ponto percentual de tolerância.
A expectativa de mercado era de uma inflação de 4,89%, de acordo com o último Boletim Focus, apresentado pelo Banco Central nesta semana. Agora, o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, deve escrever carta para o Congresso para detalhar os motivos que levaram a inflação a superar o teto da meta.
“Destaque de 2024, o grupo de alimentação no domicílio teve forte elevação nos últimos meses do ano, com novo choque sobre as proteínas”, ressaltou Leonardo Costa, economista do ASA.
Como antecipado por economistas consultados pelo Investing.com Brasil, a maior variação e o maior impacto em dezembro foram em alimentação e bebidas, que registrou alta de 1,18%. A alimentação no domicílio apresentou acréscimo de 1,17%, diante de altas nas proteínas, óleo de soja e café, enquanto a alimentação fora do domicílio subiu 1,19%.
Na sequência, aparece o grupo de vestuário, com segunda maior elevação, com 1,14% de acréscimo. O grupo transportes, por sua vez, subiu 0,67%, influenciado por altas nos transportes por aplicativo, que dispararam 20,70%, e das passagens aéreas, com aumento de 4,54%.
Somente o grupo habitação esteve no patamar negativo, com queda de 0,56% em dezembro, com energia elétrica residencial recuando 3,19%.
“A leitura foi marcada novamente por contribuição baixista de energia elétrica residencial, após acionamento da bandeira verde sobre as tarifas de energia”, pondera Alexandre Maluf, Economista da XP (BVMF:XPBR31).