Futuros de WTI acima de US$ 31 antes de relatório semana sobre reservas

Publicado 13.01.2016, 07:04
© Reuters.  Futuros de petróleo saem de baixas de 12 anos antes de relatório sobre reservas
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Investing.com - Os futuros de petróleo West Texas Intermediate recuperaram-se das baixas de 12 anos nesta quarta-feira, em meio à especulação de que os dados semanais sobre as reservas, que devem ser divulgados até o final da sessão, mostrarão que os estoques de petróleo nos EUA caíram na semana passada.

A Energy Information Administration dos EUA deve divulgar seu relatório semanal sobre as reservas de petróleo às 15h30 GMT, ou 10h30min., ET, nesta quarta-feira.

Após o fechamento dos mercados na terça-feira, o American Petroleum Institute (API), um grupo do setor petrolífero, surpreendeu os participantes do mercado e disse que os estoques de petróleo nos EUA caíram para 3,9 milhões de barris na semana encerrada em 8 de janeiro, em comparação com as expectativas para um aumento de 2,0 milhões de barris.

As reservas de petróleo em Cushing, Oklahoma, centro de entrega de WTI caíram 302.000 barris, disse o API.

Em outros lugares, o petróleo com vencimento em fevereiro na New York Mercantile Exchange (Nymex) atingiu uma alta da sessão de U$ 31,38, antes de ser negociado em US$ 31,28 às 09h GMT, ou 04h ET, uma alta de 83 centavos, ou 2,73%

Na véspera, os futuros de petróleo negociados em Nova York caíram para US$ 29,93, o nível mais baixo desde dezembro de 2003, antes de encerrar em US$ 30,44, uma queda 97 centavos, ou 3,09%, uma vez que as atuais dúvidas com a saúde da economia da China alimentaram as preocupações de que um excesso de oferta mundial pode durar mais tempo do que o previsto.

O benchmark dos EUA perdeu quase 17% desde o início de 2016.

Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em março subiram 68 centavos, ou 2,2%, sendo negociados a US$ 31,63 por barril, após terem recuado para US$ 30,50 na terça-feira, um nível não visto desde abril de 2004.

Os números de comércio oriundos da China diminuíram algumas preocupações com a saúde de segunda maior economia do mundo, apontando ao mesmo tempo para uma forte demanda para o metal vermelho.

As exportações chinesas caíram 1,4% em comparação com o ano anterior em dezembro, melhor do que as projeções para uma queda de 8,0%, ao passo que as importações recuaram 7,6% em comparação com as expectativas para uma queda de 11,5%. Isso deixou a China com um superávit comercial de US$ 60,1 bilhões no mês passado, de US$ 54,1 bilhões em novembro.

As importações de petróleo da China em dezembro subiram 9,3%, de 33,19 milhões de toneladas do ano passado, o equivalente a 7,82 milhões de barris, diminuindo as preocupações com o enfraquecimento das perspectivas de demanda do país asiático.

Os futuros de Brent negociados em Londres caíram quase 16% desde o início do ano, uma vez que um colapso no mercado de ações da China e uma rápida depreciação do yuan atingiram o sentimento dos investidores.

Os participantes do mercado estão preocupados com que a queda no mercado de ações se espalhe para outras partes da economia, provocando temores de que a demanda da nação pelo petróleo caia.

A China é o segundo maior consumidor de petróleo do mundo depois dos EUA e tem sido o motor do fortalecimento da demanda.

Enquanto isso, a diferença do contrato de Brent sobre o West Texas Intermediate ficou em 35 centavos, em comparação com uma diferença de 51 centavos no fechamento do pregão da terça-feira.

A produção mundial de petróleo está superando a demanda após um crescimento na produção de óleo de xisto dos EUA e após a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo no ano passado de não cortar a produção, a fim de defender a sua quota de mercado.

A maioria dos analistas de mercado espera que o excesso mundial piore neste ano, devido ao aumento de produção na América do Norte, Arábia Saudita e Rússia.

O problema de excesso de oferta será agravado uma vez que o Irã retorna ao mercado mundial de petróleo no início deste próximo ano, após as sanções impostas pelo Ocidente terem sido suspensas. Os analistas dizem que o país poderia rapidamente aumentar a produção em cerca de 500.000 barris, somando-se ao excesso de petróleo que ajudou na queda dos preços.



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