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Identificados mais 12 suspeitos com passaportes europeus em "caso Mabhuh"

Publicado 24.02.2010, 15:05

Abu Dhabi, 24 fev (EFE).- A Polícia de Dubai anunciou hoje que identificou 12 novas pessoas com passaportes europeus suspeitas de envolvimento no assassinato do líder do Hamas Mahmoud al-Mabhuh, o que fez subir para 26 o número de indivíduos ligados ao crime.

Segundo um comunicado da Polícia, três dos novos supostos assassinos de Mabhuh, encontrado morto em um quarto de hotel em 20 de janeiro, têm passaportes da Irlanda. Os outros têm documentos emitidos por França (3), Reino Unido (6) e Austrália (3).

A Polícia do emirado identificou os donos dos passaportes britânicos como Daniel Marc Schnur, Gabriella Barney, Roy Allan Cannon, Stephen Keith Drake, Mark Sklur e Philip Carr.

Os três que usavam passaportes irlandeses são Ivy Brinton, Anna Shuana Clasby e Chester Halvey, enquanto os que portavam os documentos franceses são David Bernard LaPierre, Melenie Heard e Eric Rassineux.

Já os donos dos passaportes australianos são Bruce Joshua Daniel, Nicole Sandra Mccabe e Adam Korman.

A Polícia de Dubai disse ter recebido confirmações dos países de onde procedem os supostos assassinos sobre a autenticidade dos passaportes.

Com o anúncio feito hoje, subiu para 26 o número de pessoas identificadas pelas autoridades do emirado que supostamente participaram do assassinato de Mabhuh, de 50 anos e um dos fundadores do braço armado do Hamas.

O comunicado das autoridades de Dubai inclui fotos de todos os suspeitos, que viajaram sozinhos para o emirado das localidades de Zurique, Roma, Milão, Paris, Frankfurt, Düsseldorf e Hong Kong, e os nomes dos bancos que usaram para sacar dinheiro com cartões de crédito durante sua permanência nos Emirados Árabes Unidos.

O texto acrescenta que 14 suspeitos utilizaram o mesmo cartão de crédito, do Banco Metabank, com sede nos Estados Unidos, enquanto outros usaram dinheiro em espécie para fazer reservas em hotéis e comprar passagens de avião.

Ainda de acordo com a nota, os acusados se dividiram em vários grupos, já que, enquanto alguns matavam Mabhuh, outros vigiavam o aeroporto e o hotel onde o crime foi cometido.

Os supostos assassinos demoraram 20 minutos para matar Mabhuh. Depois do crime, eles seguiram viagem para diferentes destinos.

Vários suspeitos voaram para Hong Kong e de lá embarcaram para as cidades de Zurique, Bangcoc, Roma e Frankfurt. Outros foram para Johanesburgo e, depois, para Amsterdã. Um terceiro grupo se dispersou entre Milão, Zurique, Roma, Frankfurt, Paris e Dusseldorf, ao passo que uma outra leva viajou por mar de Dubai para o Irã.

Inicialmente, as autoridades do emirado disseram que o assassinato de Mabhuh foi cometido por um esquadrão integrado por três irlandeses, seis britânicos, um francês e um alemão, contra os quais a Interpol emitiu uma ordem de detenção na semana passada.

A questão dos passaportes gerou polêmica, já que a União Europeia (UE) alegou que esses documentos foram adquiridos através do roubo de identidades de cidadãos do bloco.

De fato, ontem, os ministros de Assuntos Exteriores da UE condenaram, em uma declaração, o uso de passaportes e cartões de crédito de países europeus na operação para o assassinato de Mabhuh. Entretanto, não foi feita nenhuma citação a Israel, cujo serviço secreto é apontado como principal suspeito do crime.

Os Emirados já acusaram o serviço secreto israelense no exterior, o Mossad, de estar por trás do assassinato de Mabhuh. O país até pediu à Interpol que emita uma ordem de detenção contra o chefe da agência, o ex-general Meir Dagan. Israel, por sua vez, diz que não há provas que o liguem ao crime. EFE

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