🤑 Não fica mais barato. Garanta a promoção com 60% de desconto na Black Friday antes que desapareça...GARANTA JÁ SUA OFERTA

Gasolina da Petrobras sobe mais de 10% no mês; preço externo passa a cair

Publicado 04.09.2017, 18:53
© Reuters. Tanques da Petrobras em Brasília, no Brasil
CL
-
PETR4
-

Por Luciano Costa e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) anunciou nesta segunda-feira nova elevação nos preços da gasolina em suas refinarias, que passam a acumular alta de mais de 10 por cento em poucos dias de setembro, após o furacão Harvey fechar refinarias nos Estados Unidos e levar a uma disparada nos valores de referência do combustível na semana passada.

A estatal disse em comunicado que o novo reajuste foi decidido por seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP), convocado quando há necessidade de reajustar os combustíveis em mais de 7 por cento para cima ou para baixo em um único mês.

Nesta segunda-feira, a Petrobras anunciou alta de 3,3 por cento na gasolina, a partir de terça-feira. Na semana passada a companhia já havia anunciado reajustes de 4,2 por cento e 2,7 por cento para a gasolina.

No diesel, o reajuste anunciado nesta segunda-feira foi marginal, de 0,1 por cento. Antes o combustível havia subido 0,8 por cento e 4,4 por cento.

"Na última semana, em face dos impactos do furacão Harvey na operação das refinarias, oleodutos, e terminais de petróleo e derivados no Golfo do México, os mercados de derivados sofreram variações intensas de preços", disse a Petrobras em nota sobre os reajustes desta segunda-feira.

Apesar da convocação do grupo de preços para autorizar reajustes logo no início do mês, a Petrobras afirmou que a avaliação dos executivos do GEMP é de que a companhia tem conseguido praticar valores adequados às volatilidades dos mercados de derivados e do câmbio.

Especialistas do mercado já apontavam que os efeitos do Harvey deviam pressionar a Petrobras a novos reajustes na gasolina, devido às promessas da companhia de não praticar preços abaixo da paridade internacional.

QUEDA NOS EUA

Os impactos da tempestade nos EUA, no entanto, começam a ser dissipados nesta semana, com refinarias retomando lentamente suas atividades.

Os preços futuros de referência da gasolina nos Estados Unidos caíram mais de 3 por cento nesta segunda-feira para os níveis mais baixos desde 25 de agosto, quando o Harvey atingiu o continente. Na sexta-feira, a cotação do combustível na bolsa já havia caído 2 por cento.

Mesmo assim, a consultoria Datagro avalia que o preço da gasolina da Petrobras ainda está 15 por cento acima do preço teórico do produto importado posto no Brasil.

"Talvez a Petrobras esteja evitando repassar de uma vez todo o aumento que houve no mercado internacional, esperando para avaliar melhor a situação", disse o presidente da Datagro, Plinio Nastari, à Reuters.

Questionada sobre o assunto, uma fonte da Petrobras disse que o mercado de petróleo e derivados está se normalizando. Sobre a defasagem de preços, a fonte afirmou que a empresa "não faz preço".

"Quem determina preço é o mercado. Não vou dizer se tem defasagem, mas posso dizer que estamos olhando as oscilações de mercado. Cada dia é um dia", disse a fonte, indicando que a política da Petrobras agora é de seguir os movimentos do mercado e repassá-los com mais frequência.

A fonte citou como exemplo de normalização do mercado a retomada das operações da refinaria de Pasadena (EUA), que também foi afetada pelo Harvey.

NOS POSTOS

Apesar das forte altas repassadas pela Petrobras à gasolina a partir de 1º de setembro, pesquisa realizada pela agência reguladora ANP apontou que distribuidoras e postos repassaram apenas uma pequena parte do reajuste.

Segundo a ANP, na média Brasil a gasolina subiu 0,13 por cento na bomba na semana passada, na comparação com a semana anterior, enquanto o diesel ficou praticamente estável, e o etanol avançou 0,7 por cento.

© Reuters. Tanques da Petrobras em Brasília, no Brasil

Somente em 1º de setembro, a gasolina vendida pela estatal nas refinarias subiu 4,2 por cento, na maior alta efetuada pela Petrobras em nove meses.

(Com reportagem adicional de Marcelo Teixeira e Roberto Samora, em São Paulo)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.