(Reuters) - A Colgate-Palmolive Co (NYSE:CL), maior fabricante de pasta de dente do mundo, divulgou nesta sexta-feira vendas trimestrais mais fracas do que o esperado, prejudicadas pela greve de caminhoneiros no Brasil e fraqueza nas moedas latino-americanas.
A greve dos caminhoneiros brasileiros contra o aumento do preço do diesel no final de maio bloqueou as estradas e prejudicou o abastecimento de grandes cidades, que ficaram sem alimentos, gasolina e outros produtos básicos. As moedas latino-americanas também enfraqueceram em meio a incertezas políticas e ao fortalecimento do dólar dos EUA.
As vendas na América Latina, que representam quase um quarto da receita total da Colgate, caíram 7 por cento, para 933 milhões de dólares. A Colgate disse que teria entregue mais produtos se não fosse pela greve.
"O segundo trimestre foi outro desafiador, com as taxas de crescimento da categoria permanecendo fracas em muitos mercados ao redor do mundo e recentes movimentos desfavoráveis em moeda estrangeira", disse o presidente-executivo da companhia, Ian Cook, em comunicado.
As grandes empresas de produtos embalados têm lutado para aumentar as vendas em meio a uma feroz concorrência de preços entre os varejistas e à medida que os compradores se voltam cada vez mais para as marcas mais novas. A indústria também foi abalada neste ano pela alta nos preços de commodities e transporte.
As ações da Colgate, cujas raízes remontam a uma loja de sabonetes, amido e velas de Nova York, em 1806, acumulam queda de quase 11 por cento desde o início do ano.
O lucro líquido atribuível à Colgate subiu para 637 milhões de dólares, ou 0,73 dólar por ação, no segundo trimestre fiscal encerrado em 30 de junho. Incluindo itens extraordinários, a empresa lucro 0,77 dólar por ação, em linha com as estimativas dos analistas.
As vendas líquidas aumentaram 1,6 por cento, para 3,89 bilhões de dólares, ajudadas pelo maior volume de vendas na América do Norte, mas ficaram abaixo da estimativa média de analistas de 3,92 bilhões de dólares, segundo a Thomson Reuters.
A empresa, que também fabrica detergentes para a roupa, xampus e loções pós-barba, disse que as vendas em seus principais negócios de produtos para uso oral, pessoal e doméstico aumentaram em todas as regiões, exceto na América Latina.
((Tradução Redação São Paulo, +5511 5644 7719))
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